‘Super tri’ do e-commerce e cibersegurança: os drivers da Tivit para avançar em 2022 

Empresa de tecnologia se prepara para aumentar a oferta de serviços em um fim de ano marcado por Copa do Mundo, Black Friday e Natal 

Rikardy Tooge

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A Tivit, companhia que oferece serviços de infraestrutura de tecnologia em dez países da América Latina, está em plena preparação para as últimas semanas de 2022. A companhia tem entre seus clientes empresas importantes do setor de varejo e de pagamentos – Marisa (AMAR3), Cielo (CIEL3) e Credz são alguns deles – e terá pela frente um calendário cheio de serviço.

Em um trimestre que tradicionalmente já é o melhor do ano para o comércio, há em 2022 um fator extra para impulsionar as vendas: a Copa do Mundo, que foi excepcionalmente transferida dos meses de junho e julho para novembro e dezembro. O campeonato se junta à Black Friday e ao Natal, formando a expectativa de um “super trimestre” para o setor.

Mais nuvem

Para dar conta de tantas transações que serão processadas neste período, as empresas costumam gastar mais na infraestrutura digital. Segundo cálculos da Tivit, a demanda por banda (que é a métrica da transferência de dados utilizada pelos clientes) dos setores de processamento de pagamento e de e-commerce crescem por volta de 20% nesta época do ano.

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Para atender este aumento de demanda, a própria Tivit também precisa investir mais, contratando cerca de 10% a mais de pessoas para conseguir atender todos os clientes.

O aumento sazonal, contudo, soma-se a um bom momento da empresa. Somente no primeiro semestre, a companhia registrou um aumento de 44% no total de vendas em seus serviços de nuvem – unidade de negócios em que a Tivit investirá R$ 200 milhões até 2025.

“Estamos observando um amadurecimento das companhias nos últimos dois anos, a partir da pandemia. Muitas empresas precisaram adaptar seus negócios para o ambiente digital e isso gerou uma demanda extra”, lembra Daniel Galante, diretor executivo de Cloud e CyberSec da Tivit.

Outra avenida de crescimento na mira da companhia, que há três anos vem intensificando seus investimentos em soluções digitais, está na cibersegurança. Esse aportes dão sinais de que a companhia poderá superar os R$ 2 bilhões de faturamento registrados em 2021.

Segurança digital na pauta dos CEOs

O diretor da Tivit explica que a cibersegurança ganhou de vez a agenda dos CEOs, especialmente por todo desgaste causado para a operação e para a reputação das companhias. Nos últimos anos, empresas de grande porte relataram ataques hacker e acenderam um sinal de alerta em todo o mercado

Uma pesquisa global da Check Point Software Technologies apontou que uma em cada 40 empresas sofre algum tipo de ataque cibernético por semana – sendo ransomwares (sequestro de dados) em sua maioria. Apenas no segundo trimestre de 2022, foram 32% mais ataques do que no mesmo período de 2021.

Daniel Galante, diretor-executivo da Tivit: "segurança digital entrou nas agendas dos CEOs"
Daniel Galante, diretor executivo da Tivit: “segurança digital entrou nas agendas dos CEOs”

Galante afirma que os executivos se deram conta que economizar no setor de TI não era um bom negócio. “A decisão é pragmática, o executivo não precisa, necessariamente, ser um entusiasta de tecnologia, mas vê que ela pode diminuir seus custos e melhorar a performance”, acrescenta Daniel Galante.

Sob este cenário, a Tivit afirma que houve um crescimento de 164% em sua receita na unidade de negócios voltada para a cibersegurança. A empresa pretende investir R$ 50 milhões na atividade até o fim de 2025.

Fundada em 1998, a Tivit começou no negócio de data centers e chegou a abrir capital em 2009, quando levantou R$ 660 milhões à época. No ano seguinte, o fundo britânico Apax Partners assumiu o controle da companhia por R$ 873,8 milhões e retirou a empresa da Bolsa. Em 2017 e 2019, a companhia cogitou fazer novo IPO, mas a operação não avançou.

Rikardy Tooge

Repórter de Negócios do InfoMoney, já passou por g1, Valor Econômico e Exame. Jornalista com pós-graduação em Ciência Política (FESPSP) e extensão em Economia (FAAP). Para sugestões e dicas: rikardy.tooge@infomoney.com.br