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Startup de seguros, Pier também passa por rodada de demissão e corta mais de 100 funcionários

Estimativa é que o corte tenha afetado um terço do quadro de colaboradores da Pier; empresa fala em nova fase de crescimento

Wesley Santana

Equipe da Pier (Divulgação)

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A seguradora Pier começou, nesta semana, um processo de demissão em massa que pode afetar mais de 100 dos 300 funcionários em atividade, conforme disseram fontes ao InfoMoney. Entre os impactados estão funcionários das áreas de tecnologia, atendimento ao cliente, marketing e RH.

Em contato com a reportagem, a empresa confirmou a dispensa dos funcionários e disse que o movimento tem como objetivo manter o avanço dos negócios e a eficiência operacional.

“A Pier Seguradora esclarece que a reorganização do seu quadro de colaboradores será fundamental para uma nova fase de crescimento da companhia, garantindo sua alta rentabilidade, reduzindo despesas e equilibrando o financiamento entre o curto e longo prazo”, disse em nota.

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Fundada em 2018, a Pier se tornou uma das principais startups que oferecem seguros no país, justamente por inovar um setor que era bastante tradicional. Participando de um Sandbox regulatório da Susep (Superintendência de Seguros Privados), a empresa trouxe para o mercado seguros para carros e celulares com possibilidade de personalização.

Em setembro, a empresa chegou a ser considerada uma das startups mais desejadas para se trabalhar, de acordo com ranking do LinkedIn. Com o movimento de demissão, a Pier se juntou à já longa lista de empresas de tecnologia que têm passado pelo mesmo processo desde o ano passado.

Caixa da Pier já esteve cheio

Nos últimos anos, a insurtech recebeu ao menos três  aportes financeiros volumosos: de US$ 7,6 milhões (2020), US$ 14,5 milhões (2020) e US$ 20 milhões (2021). Os valores partiram de várias fontes, como Canary, MELI Fund (do Mercado Livre), BTG Pactual e Raiz Investimentos, family office de Ivan Toledo, fundador do Sem Parar.

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Em entrevista ao InfoMoney, o CEO e cofundador da startup, Igor Mascarenhas, disse que os valores seriam usados para melhorar o sistema de inteligência artificial, responsável por aprovar sinistros em até 10 segundos.

“Pedimos 10 vezes menos informações do usuário, mas analisamos 300 vezes mais informações do que os incumbentes. E mantemos uma sinistralidade na linha do mercado, estimada em 40% a 45% para smartphone e em 60% para auto”, afirmou.

Alguns competidores tradicionais que entraram para o mercado de seguros acessíveis com contratação digital são Ciclic (Banco do Brasil) e Youse (Caixa Seguradora). Um exemplo de outra insurtech é a Justos, que oferece um seguro automotivo com base no comportamento de direção do usuário.

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O preço do seguro de smartphone na Pier parte de R$ 8, com tíquete médio de R$ 57 reais. Já o seguro auto parte de R$ 30, com tíquete médio de R$ 65. Mascarenhas afirma que o valor do seguro de automóvel está 30% mais barato do que o praticado por um incumbente.