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SÃO PAULO – A Standard & Poor’s rebaixou o rating corporativo da Usiminas (USIM3; USIM5) de BBB- para BB+, mantendo a perspectiva estável, comunicou a agência de classificação de risco nesta sexta-feira (24). A S&P avalia que os resultados da companhia ficarão abaixo das expectativas, fazendo com que as métricas de crédito continuem fracas nos próximos 12 a 18 meses.
“Esperamos uma redução no crescimento econômico do Brasil, resultando em uma menor demanda doméstica por aço, uma demanda global ainda deprimida, preços do minério de ferro elevados e a constante ameaça de competição do aço importado no mercado local”, avalia a agência, destacando que por conta disso é esperado desempenho operacional abaixo do que se estimava durante o segundo semestre.
Para a S&P, a companhia não deve recuperar a eficiência operacional, bastante prejudicada desde 2008. “A empresa, ao contrário de seus pares, não tem conseguido lidar com a alta nos custos do minério de ferro, carvão e energia”, destaca a agência. A agência destaca ainda que a Usiminas está implementando medidas para reduzir custos, mas com ações que deverão se concretizar somente de um a dois anos.
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Além disso, a fraca geração de fluxo de caixa da empresa aliada à seus investimentos significativos, tanto em mineração quanto na capacidade de produção de aço laminado de maior valor agregado, resultaram em um endividamento bruto mais alto. Nesta sentido, a S&P destaca que o endividamento liquído sobre o Ebitda (lucro sobre taxas, impostos, depreciação e amortização) pode atingir uma relação de oito vezes, o que considera muito alta.
Recuperação de margens
Para a S&P, a Usiminas deve recuperar gradualmente as margens nos próximos 18 meses, e a dívida total sobre Ebitda pode recuar gradualmente para uma relação de cinco vezes e caso as métricas de crédito melhorarem em 2013 e 2014, a companhia pode passar uma elevação.
Ao contrário disso, a S&P pode tomar novas medidas negativas. “Poderemos rebaixar os ratings ainda mais se a Usiminas não conseguir melhorar sua rentabilidade operacional”, finaliza a companhia.