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O grupo JHSF inaugurou na segunda-feira, 16, o primeiro aeroporto privado voltado à aviação executiva do Brasil, no município de São Roque (SP), a cerca de 60 km da capital.
O São Paulo Catarina Aeroporto (SPCA), às margens da Rodovia Castelo Branco, tem capacidade para 200 mil pousos e decolagens domésticos e internacionais por ano.
O empreendimento foi construído e será gerido pela JHSF, dona de marcas dos ramos hoteleiro e imobiliário como Fasano e o Shopping Cidade Jardim.
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José Auriemo Neto, presidente do conselho do grupo, afirmou que o projeto representa um avanço para novos setores.
“Esse aeroporto foi pensado há dez anos, depois que identificamos uma oportunidade de contribuir para a melhoria da aviação executiva e de atender os clientes que já conheciam nossa empresa nos setores de alta renda que atuamos.”
O aeroporto faz parte do Empreendimento Urbanístico Integrado Catarina, com 7 milhões de metros quadrados, que inclui outlet de grifes internacionais da JHSF.
O Catarina poderá receber os maiores jatos de aviação executiva do mundo. A pista de pouso tem 2,47 km de extensão, maior que a do Aeroporto de Congonhas, com 1,94 km.
O espaço tem 6 mil metros quadrados de hangares e 21,6 mil metros quadrados de pátio, além de um heliponto.
O governador de São Paulo, João Doria, afirmou que, no médio prazo, o Catarina deve absorver o fluxo do Aeroporto Campo de Marte, no centro da capital.
“Vamos estabelecer um cronograma com o ministro Tarcísio Gomes de Freitas para a desativação completa do aeroporto. O formato e o período serão anunciados em janeiro”, afirmou. A previsão é de que o Campo de Marte receba apenas helicópteros no futuro.
Investidor em aviação executiva, o presidente do grupo CB, Michael Klein, disse que o Catarina deve receber a demanda reprimida de jatos executivos pela falta de infraestrutura.
“O Aeroporto de Congonhas já está um pouco saturado. A aviação comercial ocupa muito espaço e não sobra para a aviação executiva.” Klein é o principal acionista da Via Varejo, dona das redes Casas Bahia e Ponto Frio.
Polêmica
A obra do aeroporto durou seis anos e teve sua inauguração adiada diversas vezes em meio a denúncias de irregularidades.
O ex-governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT) foi condenado em primeira instância pela Justiça Eleitoral de Minas a 10 anos e 6 meses de prisão por tráfico de influência e lavagem de dinheiro no período em que foi ministro do governo de Dilma Rousseff.
Os crimes teriam relação com o projeto do aeroporto. Em depoimento à Justiça, Pimentel negou as acusações.
A JHSF diz que não foi apresentada denúncia contra a companhia e que não faz parte do processo.
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