SoftBank vende empresa de chips Arm para a Nvidia por US$ 40 bi; operação pode criar gigante de semicondutores

O acordo inclui valores em dinheiro e também em ações e ainda precisa de aprovação regulatória

Equipe InfoMoney

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A fabricante de chips americana Nvidia anunciou na noite deste domingo (13) que fez acordo para comprar o controle da empresa de chips britânica Arm por US$ 40 bilhões do grupo japonês SoftBank.

O grupo japonês de investimentos destacou que a Arm é um de seus ativos estratégicos mais importantes, mas apontou que a combinação da Arm com a americana Nvidia traz muito mais potencial para ambas as empresas.

O acordo inclui valores em dinheiro e também em ações e criará uma gigante no universo dos semicondutores. Analistas destacam que essa é a maior transação da história deste mercado, vital para a infraestrutura da indústria de tecnologia.

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O valor da operação é superior aos US$ 31,4 bilhões que foram pagos pelo SoftBank para comprar a Arm em 2016.

Depois da transação, o SoftBank vai passar a deter entre 6,7% e 8,1% das ações em circulação da Nvidia. A transação deve passar ainda por aprovação regulatória em países como Reino Unido, China, Estados Unidos e pela União Europeia, em processo que deve levar cerca de 18 meses.

Conforme destaca a Reuters, a compra é motivada pelo movimento da indústria de tecnologia para inserir inteligência artificial em diferentes dispositivos – algo em que tanto Nvidia como Arm podem unir forças para avançar no mercado. Hoje, a Nvidia é avaliada no mercado em torno de US$ 300 bilhões – US$ 100 bilhões a mais do que a Intel, considerada pioneira no setor e também maior fabricante de chips do mundo em receita.

“A Arm poderá a continuar a operar seu modelo de licenciamento aberto, mantendo a neutralidade quanto a seus clientes, uma característica que é pilar de seu sucesso”, disse a Nvidia, em nota.

As ações do SoftBank na Bolsa de Tóquio fecharam com forte alta, de 8,96%.

A aquisição da Arm pelo SoftBank havia sido a última grande compra do grupo japonês como parte de um esforço para entrar com mais força na área de Internet das Coisas. Contudo, essa frente não avançou nos últimos anos.

(com agências internacionais)

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