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SÃO PAULO – O conglomerado japonês SoftBank, que no Brasil investe em empresas como Banco Inter, Rappi e Loggi, emprestará dinheiro aos funcionários que quiserem investir em seu novo ambicioso fundo de tecnologia, o Vision Fund II.
Segundo informações do The Wall Street Journal (WSJ), o SoftBank planeja emprestar até US$ 20 bilhões para seus funcionários (são cerca de 400 pessoas, no total). A lista inclui até mesmo o presidente e fundador da companhia, Masayoshi Son, que tomaria um empréstimo de cerca de US$ 15 bilhões desse total.
Os US$ 20 bilhões representam cerca de um quinto do total que o SoftBank pretende arrecadar para esse segundo fundo. O Vision Fund I, lançado em 2017, levantou cerca de US$ 100 bilhões e investiu em empresas como a companhia de transporte Uber e a de escritórios compartilhados WeWork.
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O primeiro fundo também aportou em uma série de startups que atuam no país, como as empresas de delivery Rappi e Loggi, o app de transporte 99, a companhia de academias Gympas e a fintech de crédito Creditas. Segundo o WSJ, um mecanismo de empréstimo para funcionários também foi utilizado durante a captação do primeiro fundo.
A expectativa é que os recursos do Vision Fund II sejam utilizados principalmente em startups de inteligência artificial. Além dos US$ 20 bilhões que emprestará aos seus funcionários, o SoftBank já se comprometeu a realizar um aporte de US$ 38 bilhões no fundo.
Somando as quantias, o SoftBank deve responder por mais da metade do valor total investido nesse segundo fundo. O problema é que, ao emprestar dinheiro para seus funcionários, o SoftBank se expõe duplamente ao cenário de startups em um momento não muito favorável para suas principais apostas.
O Uber, por exemplo, fez sua abertura de capital em maio e, desde então, suas ações caíram cerca de 30%. Os papéis atualmente são negociados abaixo dos US$ 35 que a SoftBank pagou para adquirir sua participação.
Já o WeWork divulgou, na semana passada, os documentos necessários para uma abertura de capital e espantou boa parte dos investidores com seus prejuízos crescentes. Apenas no primeiro semestre deste ano a empresa teve perdas de US$ 1.37 bilhão — o dobro do prejuízo apresentado no mesmo período de 2018.
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