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Small cap despenca 12% na Bolsa após 2º grupamento em 2 meses

Apesar da forte queda, os papéis da "proprietary trading" acumulam ganhos na casa de 150% desde a "transformação" na Bolsa

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Em um intervalo menor que dois meses, a Atompar (ATOM3) precisou recorrer pela segunda vez ao recurso do grupamento de ações para que seus ativos negociados na Bovespa deixassem de valer centavos.

Nesta terça-feira, os papéis da “proprietary trading” do mercado acionário brasileiro passaram a ser negociados grupados na razão de três para um, o que fez com que eles abrissem valendo R$ 2,05, mas logo apresentassem forte movimento de queda. Às 11h (horário de Brasília), as ações ATOM3 mergulhavam 11,11%, cotadas a R$ 1,92.

O processo de entrada da Atom na Bolsa foi diferente dos tradicionais IPOs (Oferta Pública Inicial, na sigla em inglês), com a companhia anunciando a OPA (Oferta Pública de Aquisição) das ações das Inepar Telecomunicações. A companhia surgiu como a primeira “proprietary trading”, ou seja, empresa com o objetivo de montar uma equipe de operadores para investir o próprio capital no mercado financeiro, com ações listadas na Bovespa. A grande meta para o curto prazo é sair do processo de recuperação judicial herdado da Inepar ainda neste ano.

No dia de estreia na Bolsa após a transformação, 14 de outubro de 2015, as ações da Atompar registraram ganhos de 25%. De lá para cá, os papéis somam uma valorização na casa dos 150%, apesar de um recuo de mais de 40% no acumulado de 2016. Levando-se em consideração o último fechamento das ações ATOM3, com o grupamento, os papéis passariam a valer R$ 2,22.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.