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SÃO PAULO – Sai amanhã o resultado do balanço do primeiro trimestre de 2015 da CSN (CSNA3). Depois dos fortes números da Usiminas (USIM5) apresentados referentes aos meses de janeiro a março, fica a dúvida se a companhia conseguirá mostrar bons resultados mesmo em meio ao cenário macroeconômico desafiador.
Para analistas do Santander e Credit Suisse, os números virão neutros nos primeiros meses de 2014, enquanto o nível de alavancagem da empresa seguirá como uma preocupação. A siderúrgica encerrou o quarto trimestre com o índice dívida líquida/Ebitda, que mensura em quantos anos a companhia conseguirá quitar sua dívida líquida através de sua geração de caixa, em 4 vezes.
Em relação aos números, os analistas Ivano Westin, Renan Criscio e Santiago Teuffer, do Credit, acreditam que devem ser neutros para as ações, contrariando o efeito que o balanço da Usiminas trouxe para seus papéis. No dia 23 de abril, quando a companhia mineira reportou seus números, seus papéis dispararam 6,7% na Bolsa. “Enquanto os desinvestimentos podem promover um alívio no curto prazo para as ações, eles serão insuficientes para gerar uma mudança estrutural na companhia ainda altamente endividada”, disseram.
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Para o analista Renato Maruichi, do Santander, a CSN vai mostrar discreta melhoria no segmento siderúrgico em termos de volume vendido, mas que, em virtude da desvalorização do real frente ao dólar, deve ser compensada pela queda da divisão de mineração, após derrocada de 16% nos preços do minério de ferro. Ele também ressaltou preocupação com a alta alavancagem da empresa e que isso deverá continuar consumindo o caixa da companhia.
Nos destaques positivos, os analistas do Credit Suisse ressaltaram aumento de 7% nos volumes domésticos na comparação trimestral, crescimento dos volumes exportados, redução de despesas gerais e administrativas, custos de matéria-prima mais baixos e câmbio favorável. Eles projetam receita de R$ 4,1 bilhões, valor 10% acima do consenso do mercado, e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) 8% acima.