Seis livros essenciais para mulheres empreendedoras

O Do Zero Ao Topo listou seis obras de escritoras que contam suas histórias sobre empreendedorismo, mercado de trabalho e empoderamento

Equipe InfoMoney

(Getty Images)

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SÃO PAULO – De acordo com a última edição da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada com o apoio do Sebrae, o grupo de empreendedores iniciais atingiu recorde histórico em 2020. A projeção aponta que um dos grupos mais afetados pelo desemprego, as mulheres, deve puxar esse aumento.

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No dia mundial do Empreendedorismo Feminino, 19 de novembro, o Do Zero ao Topo — marca de empreendedorismo e gestão do InfoMoney — escolheu seis obras escritas por mulheres e sobre mulheres que tratam dos desafios para a construção de um negócio e de uma carreira de sucesso em um mundo que ainda convive com a desigualdade de gênero.

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1 – “Beleza Natural”

O Beleza Natural conta a história de duas mulheres negras que criaram uma rede de cabeleireiros voltada para os cuidados e tratamento de cabelos crespos e cacheados. Zica Assis, ex-empregada doméstica, passou a infância e adolescência criando misturas caseiras para tentar usar no próprio cabelo. Até que na década de 70 ela desenvolveu uma fórmula relaxante para cachear fios crespos. Foi ao lado de Leila Velez, até então gerente de uma unidade do McDonald’s, que essa fórmula ganhou o país.

Leila saiu do emprego na rede de fast food para se unir à Zica. Com o apoio dos seus maridos, elas venderam um fusca 1978 para fundarem o primeiro salão Beleza Natural, na Tijuca (RJ) em 1993. A empreitada deu super certo: diversas mulheres faziam fila no salão todos os dias para tratarem seus cabelos com a fórmula desenvolvida por Zica.

Em 1995 foram abertas as duas primeiras filiais, em Jacarepaguá e Duque de Caxias. Só em 2014 a empresa faturou 250 milhões de reais. Hoje são 38 unidades de negócio espalhadas em cinco estados brasileiros, dentre institutos e quiosques de produtos.

2 – “#Girlboss”

Clássico sobre empreendedorismo feminino que até virou série na Netflix em 2017, “#Girlboss” conta a história de Sophia Amoruso, fundadora da Nasty Gal — varejista americana especializada em moda feminina. No livro, ela conta como transformou seu interesse pela moda em um negócio milionário.

Sophia começou a carreira no mundo da moda garimpando roupas de brechó e vendendo no site americano e-Bay aos 22 anos. A sua loja na plataforma ganhou o nome de “Nasty Gal Vintage” e acabou fazendo tanto sucesso que se transformou em uma gigante do e-commerce.

Segundo a Forbes, a Nasty Gal vendeu R$ 300 milhões em 6 anos de existência. Em #GirlBoss Sophia destaca que não existe um passo a passo até o sucesso, e que a empresa se tornou o que é graças ao seu esforço, persistência e trabalho duro. Ela deixou o cargo de CEO em 2015, se tornando presidente do conselho de administração.

3 – “Faça Acontecer”

Uma pesquisa divulgada pela plataforma de recrutamento online Catho no dia 15 de outubro mostra que mulheres em cargos de liderança (gerentes e diretoras) ganham, em média, 23% a menos do que homens no Brasil.

Em “Faça Acontecer”, a empresária Sheryl Sanberg, COO (Chief Operating Officer) da rede social Facebook, investiga os motivos pelos quais a carreira das mulheres muitas vezes permanece estagnada. Eleita uma das mulheres mais poderosas do mundo pela revista Forbes em 2019, Sheryl fala sobre como as mulheres são maioria na força de trabalho, mas ainda ocupam menos cargos de liderança do que os homens.

Ela pontua que ainda que o movimento feminista nas décadas de 60 e 70 tenha conseguido conquistas relevantes, a velocidade na qual as coisas evoluem ainda é mais lenta do que o progresso em si. Sheryl acredita que um número maior de mulheres em cargos de liderança levará a um tratamento mais justo para todas as mulheres no geral.

4 – “O Momento de Voar – Como o Empoderamento Feminino Muda o Mundo”

Para a ativista Malala Yousafzai, o primeiro livro escrito por Melinda Gates é um verdadeiro “manifesto por uma sociedade igualitária”. Na obra, a cientista da computação, filantropa e co-fundadora da Fundação Bill e Melinda Gates destaca as desigualdades enfrentadas pelas mulheres em todo o mundo e como o empoderamento pode dar fim a esse tipo de desequilíbrio.

Melinda ainda traz histórias e dados que pedem atenção: combate ao casamento infantil, o acesso a métodos anticoncepcionais e a desigualdade de gênero no ambiente de trabalho. Na obra, ela também conta detalhes de sua vida pessoal, como a maternidade e a busca por equidade dentro do próprio casamento com Bill Gates —empresário e fundador da Microsoft, considerado um dos homens mais ricos do mundo.

5 – “Lugar de Mulher é Onde Ela Quiser”

A jornalista especialista em finanças Patrícia Lages explica que ser uma mulher empreendedora não significa apenas abrir um negócio. Independente da forma como se trabalha, ela destaca que empreender é quase que um estilo de vida – que tem, inclusive, muito a ver com a rotina feminina, pois requer proatividade, jogo de cintura, atenção aos detalhes e dedicação.

Em “Lugar de Mulher é Onde Ela Quiser”, seu quarto livro, Patrícia oferece dicas sobre o mundo corporativo e os caminhos do empreendedorismo. Dividido em duas partes – “Encontre seu lugar” e “Conquiste seu espaço”, a obra carrega esse título porque, segundo ela, não faltam pessoas dizendo onde é o lugar correto para as mulheres.

Patrícia também é autora de outros três livros sobre finanças: “Bolsa blindada”, “Bolsa blindada 2” e “Virada financeira”.

6 – “Do Nosso Jeito”

Em “Do Nosso Jeito”, a empresária americana Maureen Chiquet, ex-CEO da Chanel (2016-2017) conta a sua trajetória. Bacharel em artes com especialização em Literatura, Chiquet chegou a uma das mais importantes grifes de moda do mundo, onde permaneceu por dez anos.

Ela renunciou ao cargo em 2016 e desacelerou desde então. Deu palestras, aconselhou líderes e, por fim, transformou a sua história em um livro, que chegou ao Brasil em 2019. Na obra Maureen destaca que, tal como a maioria das mulheres, foi vítima de machismo durante a sua trajetória profissional, mesmo que de maneira sutil.

Com as mudanças pelas quais o mundo tem passado, para ela, ser um bom líder não significa apenas pensar em resultado, estratégia ou recursos. Homens e mulheres que estão em posição de liderança nos tempos atuais devem se preocupar com habilidades mais básicas, como escuta, colaboração e flexibilidade.

BÔNUS

1 – “Minha História”

Michelle Obama é, sem dúvidas, uma das mais importantes primeiras-damas da história dos Estados Unidos e referência de liderança para muitas mulheres. Foi a primeira negra a ocupar essa posição, na qual ficou entre 2009 e 2017, durante os dois mandatos de seu marido como presidente.

Em “Minha História”, publicado no final de 2018, Michelle escreve suas memórias em 464 páginas. Nascida em Chicago, Illinois, ela se formou em Sociologia, com especialização em estudos afro-americanos em Princeton e em Direito em Harvard — duas das mais renomadas universidades dos Estados Unidos e do mundo.

Em sua autobiografia não faltam histórias sobre empoderamento, seu trabalho, o casamento, a maternidade e a chegada na Casa Branca, a qual ela buscou humanizar.

2 – “Mulheres Extraordinárias”

“Se várias gerações crescem sem saber quem são as mulheres que fizeram nossa história, que lugar no país e no mundo somos preparadas para ocupar?”, diz a página 9, o começo de “Mulheres Extraordinárias”. O livro reúne a história das mulheres que revolucionaram o Brasil. Dandara dos Palmares, Niède Guidon, Indianara Siquieta, Bertha Lutz, Anita Garibaldi e tantas outras que dedicaram a vida às suas lutas e muitas vezes não são lembradas pelos livros de história.

A primeira história do livro é de Madalena Caramuru, a primeira mulher que foi alfabetizada no Brasil. Muitas outras são destacas: a obra escolheu homenagear essas mulheres por suas áreas de atuação, como educação, medicina, direito ao voto, ciência, combate à escravidão e a luta pelos direitos humanos.

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