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SEBRAE fortalece startups com investimento recorde de R$ 312 milhões

Bruno Quick, do Sebrae Nacional, ressalta que a inovação impulsiona a economia nacional

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O cenário atual reforça a importância das empresas inovadoras para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. As startups têm se consolidado como protagonistas na geração de novos produtos, serviços e tecnologias, e a contribuição dada pelo SEBRAE tem sido fundamental nesse processo.

A instituição tem oferecido programas e eventos que impulsionam o ecossistema de inovação, atraindo recursos e investimentos para as empresas nascentes de base tecnológica. De acordo com o diretor técnico do SEBRAE Nacional, Bruno Quick, não há como negar que a inovação é fundamental para o sucesso dos negócios, pois é o que diferencia e agrega valor às empresas. Nesse sentido, a instituição tem investido cada vez mais em programas de incentivo e capacitação, que promovem o desenvolvimento das habilidades e competências necessárias para o sucesso das startups.

O SEBRAE atua com cerca de 8 mil startups por ano, proporcionando suporte para a formalização, investimentos e geração de receita, o que tem trazido amadurecimento às empresas. “Estamos avançando na maturidade das empresas, com mais formalizações, investimentos e geração de receita. A inovação impulsiona a economia nacional e é estratégica para diferenciar e agregar valor”, diz Bruno.

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Com isso, o SEBRAE se consolida como um aliado importante para as empresas inovadoras do Brasil, oferecendo suporte e estruturação para que alcancem resultados expressivos no mercado. “O Sebrae tem programas de capacitação para empreendedores, com cursos, mentorias e consultorias. Nosso objetivo é desenvolver habilidades e conhecimentos necessários para o sucesso dos negócios.”

Bruno destaca que um dos grandes desafios para as startups no Brasil ainda é o acesso ao capital de risco. Por isso, os grandes eventos de inovação possibilitam a conexão entre investidores e empreendedores, trazendo empresas mais maduras que estão preparadas para receber investimentos.

E para tornar ainda mais efetiva a promoção do crescimento das startups no Brasil, o SEBRAE criou o maior programa de fomento e crescimento das startups da América Latina, o Startups. A plataforma agrega e disponibiliza todas as ações em uma mesma rede, facilitando a troca de ideias e conhecimento. A instituição planeja um investimento de 312 milhões de reais no ecossistema de inovação do país ao longo deste ano.

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Esse apoio tem gerado resultados positivos para a economia nacional. Já podemos observar empresas formalizadas, recebendo investimentos e gerando receita. É importante destacar que o avanço da inovação tem um grande potencial para impulsionar toda a economia brasileira, conforme evidenciado pelo projeto Nova Amazônia, que busca promover o desenvolvimento econômico da região através da inovação.

O Sebrae é um grande ecossistema nacional de startups, conectando empreendimentos em diferentes regiões do Brasil. Por meio dessa rede, a instituição busca unir diferentes ecossistemas para aproveitar as oportunidades e conhecimentos específicos de cada localidade.

Essa iniciativa visa fortalecer o empreendedorismo, incentivar a educação e criar uma economia mais sofisticada, com maior valor agregado e melhores oportunidades de trabalho. O programa Inova Amazônia é um dos destaques do Sebrae. O programa apoia negócios que apresentem inovação, estejam alinhados com a bioeconomia e tenham impacto socioambiental positivo, buscando impulsionar a sustentabilidade e o valor agregado na produção de alimentos.

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O programa Inova Amazônia oferece benefícios aos empreendedores selecionados, incluindo capacitação, mentoria especializada, acesso a uma rede de contatos e conexões estratégicas, suporte técnico, além de oportunidades de acesso a financiamento e investimentos. “Atuamos com sustentabilidade e buscamos negócios com impacto socioambiental. O programa é para diferentes estágios de maturidade”, explica Bruno.

A startup Hylea é uma das beneficiadas do programa. O fundador, Ricardo Marques, explica sobre a solução inovadora que a empresa desenvolveu para o tratamento da dependência química através da fabricação de ibogaína a partir de plantas encontradas na Amazônia. “Somos a primeira empresa do Brasil a fabricar ibogaína e a primeira do mundo a fabricar ibogaína a partir de plantas da Amazônia”, ressalta Ricardo.

A ibogaína demonstrou ser extremamente eficaz no combate a várias formas de dependência, desde drogas lícitas até substâncias ilícitas, representando um avanço significativo no campo terapêutico. Ricardo explica que a ibogaína é uma molécula extremamente rara na natureza e sua complexidade estrutural a torna difícil de ser fabricada em laboratório. No entanto, a Hylea encontrou uma planta na Amazônia que produz a substância em uma quantidade viável economicamente. “É um processo sustentável, que vai gerar um impacto socioambiental para as comunidades da Amazônia”, declara o fundador da startup.

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Com relação à regulamentação, a ibogaína ainda não possui autorização para ser comercializada como medicamento, uma vez que os estudos clínicos ainda estão em andamento. No entanto, ela é permitida para uso pessoal, desde que sob prescrição médica. A Hylea está empenhada em conduzir estudos clínicos em parceria com instituições renomadas, como o Reino Unido, a Espanha e a Universidade de São Paulo (USP), visando comprovar a eficácia e segurança da ibogaína. Após a conclusão e aprovação desses estudos, a empresa pretende registrar a ibogaína como medicamento junto à Anvisa.

Outra iniciativa do SEBRAE é o Catalisa ICT que visa integrar pesquisadores científicos, mestres e doutores ao ecossistema de inovação.  Agnaldo Dantas, analista de inovação do Sebrae nacional e responsável pelo programa, explica que a iniciativa surgiu da necessidade de fomentar empresas de base tecnológica provenientes das universidades, que estejam alinhadas com as demandas do mercado.

“Percebemos que o Brasil possui muitas startups de tecnologia da informação, mas não tantas voltadas para pesquisas científicas que requerem laboratórios, equipamentos sofisticados e um processo de maturação mais longo, como a biotecnologia”, ressalta Agnaldo. “Decidimos, então, aproveitar o potencial de nossos pesquisadores dentro das universidades para impulsionar essas pesquisas e trazer benefícios concretos para a sociedade por meio das novas tecnologias”.

O programa iniciou-se com a identificação de pesquisas com potencial de mercado e seleção dos pesquisadores, que foram capacitados em modelos de negócios, marketing e empreendedorismo. Em seguida, foi lançado um edital para a concessão de bolsas, e o número de participantes foi reduzido de mil para 270 pesquisadores, que receberam bolsas por um ano.

O trabalho dentro das universidades não foi uma tarefa fácil, uma vez que o público-alvo do SEBRAE não é o tradicional. “Tivemos que estabelecer parcerias com vários NITs (Núcleos de Inovação Tecnológica), universidades, programas de incubadoras e aceleradoras”, afirma Agnaldo. “Mostramos a eles o projeto, que é de longo prazo, pois sabemos que um pesquisador não se torna empresário da noite para o dia. É necessário um processo de transição de mentalidade em direção ao empreendedorismo”.

Agnaldo ressalta que a próxima etapa do programa será focada no apoio ao desenvolvimento das empresas. Ele explica que ao longo do processo de um ano, alguns pesquisadores já mudaram de mentalidade e criaram suas próprias empresas. “Atualmente, 30% dos pesquisadores já possuem suas próprias empresas, e alguns deles estão aqui na feira com CNPJ”, enfatiza Agnaldo. ”

Grandes empresas também fazem conexão com Sebrae em busca de soluções inovadoras por meio de parcerias com startups. Carolina Koike, líder de inovação aberta Basf, explica que as startups têm a agilidade e a tecnologia necessárias para auxiliar grandes corporações a acelerar o desenvolvimento de novos negócios e adicionar essa inovação ao portfólio.

Carolina destaca que o AgroStart busca soluções digitais por meio da inovação aberta junto a startups. A corporação tem interesse em potencializar sua solução base, defensivos agrícolas, com ferramentas digitais que tragam ainda mais eficiência e benefícios ao mercado.

Para encontrar essas soluções, Carolina e sua equipe participaram de eventos com o Sebrae, onde podem conversar com startups em busca de parcerias. A seleção das startups é feita com base nos desafios que a empresa já tem mapeado e de forma muito assertiva.

Carolina também  destaca que o AgroStart se conecta com todo o ecossistema de inovação aberta para encontrar startups voltadas para o agronegócio. A corporação tem parcerias com hubs, aceleradoras, incubadoras e empresas que fazem essas conexões.

A busca pelas soluções digitais por meio da inovação aberta com startups tem se mostrado cada vez mais importante para grandes empresas como a Basf. As parcerias entre startups e grandes corporações podem ser uma excelente oportunidade tanto para os empreendedores quanto para as empresas consolidadas.

Por Ana Medici, apresentadora do Trilha da Inovação.

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