Santander eleva recomendação para Itaú e mantém Bradesco como preferido

Analistas recomendam ainda que investidor fique de fora de papéis do Banco do Brasil, em meio à queda nas taxas de juros e tarifas

Nara Faria

Publicidade

SÃO PAULO – Mantendo o Bradesco (BBDC4) como a principal recomendação dentre os bancos brasileiros, o Santander elevou a recomendação para o Itaú Unibanco (ITUB4) de abaixo da média do mercado para manutenção. Por outro lado, o banco recomenda aos investidores ficarem fora das ações do Banco do Brasl (BBAS3). 

Os analistas Henrique Navarro e Renato Schuetz explicam em relatório que a preferência pelo Bradesco considera a diversificação por conta dos resultados do segmento de seguros ante as pressões de receita em suas operações bancárias.

“Acreditamos que o Bradesco ofereça a combinação mais forte de amplos canais de distribuição, extenso mix de produtos e baixa exposição aos desafios associados à receita do segmento de financiamento ao consumo”, explicam os analistas em relatório.

Continua depois da publicidade

A recomendação dos analistas do Santander é de compra dos papéis do Bradesco, com um preço-alvo de R$ 40,50 – o que representa um upside de 14% frente ao fechamento da última sexta-feira. 

Elevação de recomendação para Itaú
Segundo os analistas, a recomendação de manutenção das ações do Itaú Unibanco deve-se ao fato de que o “pior em termos de provisões para devedores duvidosos (PDDs) parece já ter sido superado”.

Para os ativos ITUB4, o preço-alvo estimado pelo banco é de R$ 35,50 – upside de 10,48% frente ao último fechamento.

Continua depois da publicidade

Contudo, os analistas esperam que o banco enfrente uma queda acentuada de receita nos próximos trimestres, que deve implicar um potencial de alta limitado.

Segundo eles, a instituição está em meio a uma reorganização ao mesmo tempo em que acaba de lançar um grande plano de renovação de sua área de TI (Tecnologia da Informação).

“Apesar de confiarmos que o banco irá atingir seus objetivos no médio prazo, cremos que ainda é cedo para indicar a recuperação da trajetória de crescimento do banco”, explicam.

Publicidade

Fique fora as ações do Banco do Brasil 
Por fim, em relação ao Banco do Brasil, os analistas continuam a recomendar os investidores a evitar os papéis, uma vez que a ordem do governo para sustentar o crescimento por meio da queda nas taxas de juros e tarifas coloca o banco em uma posição contrária a dos acionistas minoritários. 

“Por acreditarmos que os desafios ao crescimento do crédito são estruturais, qualquer pausa de curto prazo da pressão do governo para a redução de taxas deve ser temporária e pode ser exacerbada se o crescimento do PIB em 2013 começar a ficar abaixo da meta do governo de 4,0%”, opinam os analistas. 

O target estimado pelos analistas para BBAS3 é de R$ 22,00 – leve valorização de 0,41% em relação ao fechamento anterior.