Rossi entra na lista de cobertura do Banif, com call de manutenção

Banco projeta preço-alvo de R$ 13,50 para as ações; estimativa é de margem líquida positiva já a partir de 2012

Paula Barra

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SÃO PAULO – O Banif iniciou cobertura nesta segunda-feira (26) dos papéis da Rossi (RSID3), com recomendação de manutenção e preço-alvo de R$ 13,50 para os papéis em dezembro de 2012, o que implica um potencial de valorização de 29,19% em relação ao fechamento deste pregão. Embora a companhia apresente retração de margens e maior endividamento líquido, as perspectivas para a Rossi são positivas, com grande possibilidade de registrar caixa positivo já em 2012, segundo o analista Flávio Conde.

Conde estima que a queda das margens em 2011 seja temporária, devendo atingir 13,5% em 2015, o que significa uma expansão de 2,1 pontos percentuais na comparação com o terceiro trimestre do ano passado. As receitas, Ebitda (geração operacional de caixa) e lucro líquido em 2012 também devem registrar um forte crescimento, apontou Conde.

Segundo o analista, a Rossi está diminuindo o ritmo de crescimento dos lançamentos e priorizando a geração de caixa, o que sugere um fluxo de caixa positivo de R$ 75 milhões para este ano.  

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2012 é favorável para imobiliárias
Além disso, o banco ressaltou que este ano é favorável para as imobiliárias, uma vez que os investidores estrangeiros voltaram ao mercado acionário brasileiro devido ao menor risco com a crise da dívida da Zona do Euro e ao maior crescimento da economia dos Estados Unidos, auxiliado ainda pela forte queda nos juros futuros no Brasil. 

Este cenário criou um momento positivo para as ações do setor, comentou Conde. As ações das imobiliárias avançaram 22,96% neste ano, de acordo com a medição do indicador IMOB, enquanto o Ibovespa registrou alta de 17,50% no mesmo período. Contudo, nos últimos 15 dias, as ações do setor têm registrado queda de 4,7%, enquanto o benchmark brasileiro continua subindo 0,6%. 

Para Conde, esse movimento de realização pode continuar no curto prazo, permitindo que as ações do setor, principalmente a Rossi e a MRV (MRVE3), voltem a ter um potencial de valorização mais atrativo e que justifiquem a compra. 

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