Publicidade
SÃO PAULO – A Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP3) poderá voltar ao mercado, provavelmente via emissão de dívida, para financiar fases posteriores de projetos em Carcará e na área do BS-4, disse nesta quarta-feira (5) o presidente da companhia, Lincoln Guardado, em encontro com analistas.
“Pensando na magnitude que pode vir a ter Carcará e no que vamos necessitar para o BS-4, sem dúvida vamos ter que fazer ‘funding'”, disse o executivo.
A QGEP tem 10% na promissora área de Carcará, no pré-sal da bacia de Santos. O bloco onde está o reservatório é operado pela Petrobras.
Continua depois da publicidade
“Hoje a companhia é líquida para o início deste desenvolvimento e a campanha exploratória”, disse Guardado, salientando que a captação, no futuro, poderá ocorrer através de emissão de dívida, mas que esta não é a única alternativa avaliada.
O executivo disse que ao longo de 2013 espera ter uma avaliação final dos custos dos projetos, e que só então a QGEP saberá qual o volume da captação de recursos.
As empresas ainda não divulgaram as estimativas de reservas da área de Carcará.
Já a concessão BS-4, também na bacia de Santos, teve plano de desenvolvimento submetido à ANP, incluindo a perfuração de dois poços horizontais.
A QGEP, braço de óleo e gás do grupo Queiroz Galvão, detém 30% do BS-4, onde é operadora. A OGX adquiriu recentemente 40% de participação que a Petrobras detinha na área.
Os executivos da QGEP afirmaram durante o evento que a negociação entre Petrobras e OGX não altera em nada os planos de operação da área.
A empresa atua em outra área com recente descoberta importante, como Biguá.
Gás
O diretor-presidente da QGEP informou ainda que o campo de Manati, no litoral da Bahia, deve encerrar 2012 com produção média de 6 milhões de metros cúbicos de gás por dia, confirmando previsões anteriores.
O nível de produção em outubro e novembro deve ficar em 6 milhões de metros cúbicos/dia, abaixo do volume do terceiro trimestre, de 6,7 milhões de metros cúbicos, mas acima do nível de 5,2 milhões do início do ano.
O executivo disse ainda que projeta manutenção do nível de 6 milhões de metros cúbicos ao longo de 2013.
A QGEP é a maior acionista de Manati, com 45% de participação. A Petrobras é a operadora do campo, com 35% de participação.
“Ele (Manati) hoje tem geração de caixa de 300 milhões de dólares anuais para a QGEP”, destacou a diretora financeira da empresa, Paula Costa, durante a apresentação.