Programa do Sebrae ajuda pequenas empresas a exportar

ProGlobal oferece consultoria individualizada para o pequeno empreendedor superar o caminho das vendas ao exterior ou de melhorar a competitividade

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Até pouco tempo atrás, a Biosolvit, uma pequena empresa de biotecnologia aplicada ao desenvolvimento de novos materiais com sede em Barra Mansa, no Rio de Janeiro, tinha sua receita toda vinda do mercado nacional. Só que, ainda que os negócios no Brasil estivessem caminhando bem, entendeu que a venda para outros países representava uma oportunidade para ampliar o faturamento. Mas, por onde começar?

Exportar produtos ou serviços é uma ação que requer algum conhecimento do mercado externo. “É preciso definir o mercado-alvo, fazer um desenho estratégico do modelo de negócios, definir mercados-alvo, canais de entrada, e adequar o produto às normas legais do país para onde se pretende exportar e passar pelas questões burocráticas. Por fim, também é necessário desenvolver a parte comercial com esse novo foco”, comenta Miriam Ferraz, coordenadora de Negócios Internacionais do Sebrae Rio.

Segundo ela, exportar é perfeitamente viável para a pequena e média empresa que queira crescer e esteja disposta a investir em um diferencial competitivo de seus produtos ou serviços. “A concorrência é acirrada, então a empresa precisa ter claro qual é o seu diferencial competitivo”, afirma Miriam. “Às vezes, o empreendedor não percebe seus diferenciais,que  podem estar na inovação que agrega valor aos  produtos ou nas características intrínsecas e  locais do produto,  como, por exemplo, o sabor brasileiro das frutas tropicais e típicas do Brasil, o lifestyle brasileiro. A brasilidade pode ser um grande diferencial, mas a empresa tem que estar bem estruturada para vender para o exterior.”

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Para ajudar as pequenas e médias empresas na missão de exportar, o Sebrae desenvolveu o ProGlobal. O programa nasceu em 2015 para atender a cadeia de óleo e gás e, com os bons resultados, em 2018 foi ampliado para cobrir também o setor de biotecnologia. Nessa fase, o número de clientes, parcerias e contratos cresceu 79% em relação às mensurações no início do trabalho e, ao final do programa, 40% das empresas participantes foram internacionalizadas, superando a meta de 20%.

Novos setores

Agora, com a experiência amadurecida, o Sebrae está incluindo novos setores no ProGlobal: alimentos e bebidas; saúde, higiene pessoal e cosméticos; energia e medicina nucleares; P&G,  moda, acessórios, jóias e bijuterias; economia criativa; TIC – tecnologia da informação e comunicação e serviços técnicos especializados.

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O programa envolve 219 horas em consultoria e atividades personalizadas para a empresa ao longo de um ano de trabalho. Nesse período, o Sebrae avalia a maturidade da empresa, o que ela tem de inovação, de diferencial competitivo em seu produto ou serviço e o que ela precisa desenvolver para se tornar competitiva no exterior. “Olhamos os indicadores de quatro pilares: internacionalização, inovação, gestão e empreendedorismo e apontamos o que é preciso desenvolver”, diz Miriam. O investimento no ProGlobal fica em R$ 3 mil e pode ser dividido em até 12 parcelas.

Exportação para a Europa

Para a Biosolvit, citada no começo deste texto, o ProGlobal abriu as portas de três países até o momento: Itália, França e Estados Unidos – para onde a empresa já mandou as primeiras remessas. “Com a consultoria, aprendemos o que queríamos de mercado internacional e decidimos ser uma empresa com presença internacional”, afirma Guilhermo Queiroz, 46 anos, CEO da Biosolvit. “Isso significa ter presença física em nossos mercados-alvo, para nos tornarmos parte desses mercados e assumirmos para nós o desafio de crescimento no exterior.”

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Miriam comenta que o empreendedor brasileiro, de forma geral, acha que a pequena empresa não tem capacidade de vender para o exterior – a velha síndrome do patinho feio. Tanto é que aqui, segundo a coordenadora do ProGlobal, menos de 1% das exportações do país são realizadas por pequenos negócios, enquanto na Europa, por exemplo, essa participação fica entre 54% e 70%.

“Além da questão cultural, já que nosso país é jovem nesse quesito, os empresários apontam a falta de informações de para onde vender e as questões da burocracia tributária e custos tributários,  como principais entraves”, diz Miriam. “Acredito que a empresa brasileira precisa ter, cada vez mais, a capacidade de olhar o mercado internacional, já que vivemos num mundo mais fluido, da era do conhecimento e mercados onde a troca de bens e serviços da cooperação são essenciais. Os empresários precisam pensar em expandir seus negócios e melhorar sua competitividade, olhando cenários, planejando o seu futuro e, assim, aproveitar as oportunidades que o mercado internacional oferece.”

Acesse o site do ProGlobal.

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