Por que a “esquecida” ação da Gradiente triplicou de valor em apenas dois pregões?

A empresa disputa na Justiça com a Apple quem tem o direito de usar a marca iPhone no Brasil

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Até então esquecidas na Bolsa, as ações da Gradiente (IGBR3tiveram forte disparada nesta terça-feira (18) e encerraram o pregão com valorização de 175,9%. A disparada aconteceu pelo segundo dia consecutivo – o papel subiu mais de 30% ontem – e o papel triplicou de preço em apenas dois pregões. 

O volume financeiro também é bastante forte, de R$ 510 mil na véspera e de R$ 4,56 milhões nesta terça, ante volume médio de R$ 40 mil nos últimos 21 pregões. 

No radar da empresa está a notícia de que deve ser julgado até outubro no STJ (Supremo Tribunal de Justiça) o recurso da Gradiente contra a Apple, conforme informação de Lauro Jardim, no O Globo

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As empresas de tecnologia mantêm uma disputa judicial que se arrasta há seis anos sobre quem tem o direito de usar a marca iPhone no Brasil. Hoje em recuperação judicial, a Gradiente pediu o registro no INPI do nome Iphone (com “i” maiúsculo) em 2000 e o obteve em 2008. No ano anterior, o iPhone (com “i” minúsculo) havia sido lançado nos Estados Unidos pela Apple. 

Em 2012, a Gradiente lançou um smartphone com o nome, G Gradiente iPhone, e a empresa fundada por Steve Jobs a acionou na Justiça. O lançamento aconteceu pouco tempo antes da data em que o registro da marca expiraria se ela não fosse usada. Embora seja utilizado pela Apple em todo mundo para nomear seu celular, no Brasil, o nome pertence à Gradiente, que registrou em 2008. 

As ações também dispararam em 2013 após a Gradiente lançar sua nova versão do iPhone, o modelo C600.  “A Apple não pode usar a marca e, caso use, é indevidamente. Por isso, estamos brigando na Justiça”, disse a empresa na ocasião.

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