Petrobras poderá mover sonda para Potiguar caso Ibama negue licença na Foz do Amazonas

Estatal aguarda desde o final do ano passado uma autorização para fazer simulado de emergência na região amazônica da Margem Equatorial

Reuters

Edifício da Petrobras (Shutterstock)

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A Petrobras (PETR4 ; PETR3) poderá mover a sonda que aguarda aval do Ibama para perfuração na Bacia da Foz do Rio Amazonas, no litoral do Amapá, para outra localidade, na Bacia de Potiguar, caso não obtenha a tão aguardada licença na região amazônica da Margem Equatorial, afirmou nesta terça-feira o diretor-executivo de Exploração e Produção da petroleira, Joelson Mendes.

A companhia afirmou em nota no sábado que aguarda posicionamento do governo sobre a solicitação na Foz do Amazonas, após um parecer técnico do Ibama recomendar o indeferimento do pedido e o arquivamento do processo de licenciamento ambiental.

“Estamos esperando a autorização (para perfurar Foz do Amazonas). Estamos lá, nossos equipamentos para perfurar e outros estão lá. Estamos prontos para perfurar, mas é preciso uma licença, então estamos esperando o Ibama”, disse Mendes, a jornalistas, nos bastidores da Offshore Technology Conference (OTC), em Houston.

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“Nosso plano B é ir para a Bacia de Potiguar”, completou o diretor, adicionando que realizar o deslocamento da sonda de um local para outro seria muito fácil em termos logísticos, caso necessário.

A Petrobras aguarda desde o final do ano passado uma autorização para fazer um simulado de emergência na região amazônica da Margem Equatorial, onde acredita haver grande potencial para descoberta de reservas comerciais de petróleo. Essa aval seria um passo inicial para uma posterior perfuração na área.

Mendes adiantou ainda que, caso a mudança da Foz do Amazonas para Potiguar ocorra, o primeiro poço a receber a sonda seria o Pitu Oeste.

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Procurada, a Petrobras informou que buscará perfurar os poços Pitu Oeste e Anhanga, ambos no Rio Grande do Norte, na hipótese de um revés na Foz do Amazonas.

A perfuração desses ativos também depende de licenciamento do Ibama, cujo processo está em andamento, pontuou a empresa.