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SÃO PAULO – Destaque negativo do Ibovespa nesta quarta-feira (7) com queda de 9,88%, as ações da Smiles (SMLS3) foram penalizadas pela decisão da empresa em cortar o pagamento de dividendos aos acionistas em 2019. Contudo, o mercado se esqueceu que para o exercício de 2017 nada mudou e a desvalorização de hoje abriu uma oportunidade para quem está em busca de bons dividendos e um dividend yield (dividendo pago por ação dividido pela cotação do papel) no mínimo atrativo.
Na última segunda-feira (5), a empresa protocolou na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) as propostas para a AGO (Assembleia Geral Ordinária) que será realizada em 5 de abril e um dos temas será justamente a distribuição de dividendos sobre o resultado acumulado no ano passado, este divulgado pela empresa em 27 de fevereiro. Segundo o documento, nesta AGO será proposto para os acionistas o valor de R$ 3,53681 sob a forma de dividendos, cerca de 98% de payout (parcela do lucro líquido distribuído em dividendos) do lucro acumulado
Uma vez aprovado pelos acionistas, algo que historicamente é bastante recorrente, as ações serão negociadas “ex-dividendos” a partir de 10 de abril, ou seja, os acionistas que detiverem o papel até 9 de abril em sua custódia terão o direito ao provento de R$ 3,53681 que será deliberado, sendo que a data de pagamento está marcada para 17 de abril.
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Com isso, com a queda neste pregão, o yield desse dividendo subiu de 4,4% para 4,9% considerando o fechamento da última terça-feira (6) para de hoje, levando em conta que o valor será aprovado na AGO de abril. Agora, se o investidor conseguiu comprar na mínima do dia em R$ 68,41, garantiu um yield de 5,3%. Ou seja, em uma tacada só, o investidor receberá de uma vez praticamente tudo que ganharia em um ano na renda fixa.
Aquisição no radar?
A queda de 10% das ações provou por si que o mercado não gostou da ideia da empresa em reter 75% do seu payout para melhorar operações e relocar capital para oportunidades de maior retorno esperado, conforme explicou a empresa em seu comunicado, mas uma medida drástica como essa, ainda mais em um dos pontos fortes da companhia, obviamente não foi de graça e pode ter como objetivo uma futura aquisição. Com geração de caixa próxima de R$ 700 milhões por ano, o site Brazil Journal não descarta que a medida tomada pela Smiles tem como alvo a CVC Brasil (CVCB3), relembrando a entrevista do presidente da Smiles, Leonel Andrade, que há um ano e meio afirmou que sua estratégia era transformar a companhia em uma “empresa de turismo”. Segundo aponta a reportagem, em 2015, o fundo Carlyle, então controlador da CVC, ofereceu para a Smiles a empresa, mas os negócios não avançaram. Vale lembrar que a Smiles tem uma parceria com a Rocketmiles, da Booking.com. Quer aproveitar essa oportunidade e ainda pagar a menor corretagem do Brasil? Clique aqui e abra sua conta na Clear