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ERRATA: Ao contrário do informado ontem, de que a opção EMBRA19 subiu 30.000%, a valorização correta desse contrato no pregão do dia 21 de dezembro foi de 3.233%. O erro ocorreu por conta de uma falta de ajuste nas plataformas de negociação. Como esses contratos têm pouca liquidez na Bolsa, a última negociação deles tinha sido em janeiro de 2017, quando fechou a R$ 0,01, mas era referente a aquele vencimento, já encerrado. Como o ticker é o mesmo para o vencimento de janeiro de 2018, a plataforma considera para cálculo aquela última cotação. Com isso, a variação correta deve considerar o preço de abertura de ontem (1° dia de negociação desses contratos com vencimento em jan/2018), em R$ 0,09 e fechamento, de R$ 3,00.
SÃO PAULO – Comprar uma opção no “pó” à espera de grandes eventos capazes de mover rapidamente os preços – tanto para cima quanto para baixo – parece loucura, mas pode funcionar. Esse é o princípio básico que rege a “Estratégia do Pozinho”, desenvolvida pelo economista e professor do InfoMoney Luiz Fernando Roxo e que pode ter levado investidores a rirem de orelha a orelha hoje.
Isso porque, enquanto as ações da Embraer subiram 22,50%, a R$ 20,20, na última quinta-feira (21), depois de atingirem alta de 39,48%, a R$ 23,00, na máxima do dia, alguns “pozinhos” (opções de poucos centavos) da fabricante de aeronaves dispararam mais de 3.000% somente naquela sessão – um movimento que veio com a notícia de que a Boeing pode comprar a fabricante brasileira de aeronaves.
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Embora a notícia fosse impossível de ser prevista, o movimento dos papéis nos últimos dias chamou atenção de Roxo, que gravou, no começo de dezembro, um vídeo sobre uma grande oportunidade nas opções da companhia (veja aqui). O motivo do alerta, que ele fez junto com o também especialista em opções Valério Klug, era uma forte acumulação na ação, que poderia anteceder uma disparada dos papéis na sequência.
A grande questão, contudo, é saber quem foi o “sortudo” que conseguiu pegar toda essa valorização. Como o mercado de opções no Brasil ainda está muito concentrado nas blue chips Petrobras, Vale e bancos, os “pozinhos” da Embraer não têm muita liquidez na Bolsa.
Usando como exemplo a opção EMBRA19, que teve a maior valorização, esse contrato, que tem vencimento em 15 janeiro de 2018 (dado pela letra “A”) e preço de exercício de R$ 19,00 (referente aos dois últimos números do ticker – 19), teve sua primeira negociação na Bolsa somente ontem. E mais: eles giraram apenas R$ 7.520,00 hoje, em 20 negócios – sendo que o primeiro deles ocorreu apenas perto das 14h30 (horário de Brasília) da quinta-feira, saindo a R$ 0,09, com 100 opções, totalizando R$ 99,00.
Mas, caso esse investidor tenha conseguido entrar ao preço exposto acima (aplicando os R$ 99,00) e vendido no preço de fechamento – foram 5 negócios que saíram a R$ 3,00, envolvendo em cada 100 opções -, ele teria tido um ganho de R$ 3.200,67, sem considerar os custos envolvendo a operação.
Já outros contratos da Embraer, que também tiveram uma alta forte, mas em menor intensidade do que a vista em EMBRA19, tiveram um giro um pouco mais expressivo, como os contratos EMBRA18, que subiram 2.292%, fechando a R$ 3,11. Esses contratos, que têm preço de exercício em R$ 18,00 e mesmo dia de vencimento, movimentaram R$ 199,6 mil ontem, em 30 negócios. Contribui para a maior liquidez o fato de que não estavam tão “fora do dinheiro” (quando o preço do exercício de uma opção de compra está acima da cotação atual da ação).
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Outra que também chamou atenção foi EMBRA17, com preço de exercício em R$ 17,00, que saltou 1.112% naquela sessão, fechando a R$ 4,00. O volume financeiro movimentado com essas opções foi de R$ 753,9 mil, em 65 negócios.