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SÃO PAULO – Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), afirmou nesta quinta-feira (21) que os Jogos Olímpicos de Tóquio podem ser cancelados caso a pandemia envolvendo o novo coronavírus não esteja controlada até 2021.
Em função da covid-19, o início dos Jogos Olímpicos de Tóquio já foram adiados de 24 de julho de 2020 para 23 de julho de 2021.
“Não existe um plano para isso, precisamos reinventar a roda dia após dia. É muito desafiador e ao mesmo tempo fascinante”, disse Bach em entrevista à “BBC”.
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Embora Bach tenha reconhecido que o COI ainda enfrentará muitas indefinições e imprevistos em relação ao avanço da pandemia e à preparação física e mental dos atletas, o dirigente reforçou que o discurso do comitê é de total comprometimento com a realização das Olimpíadas em 2021.
“Você não pode mudar todos os anos o calendário esportivo mundial das principais federações. Os atletas não podem viver em dúvida. Temos que estar preparados para diferentes cenários. Existe o claro compromisso de realizar esses jogos em julho do próximo ano”, disse o presidente.
Portões fechados
A realização dos jogos com portões fechados e sem torcida vem sendo uma alternativa para diversas federações ao redor do mundo para continuar suas temporadas no momento de pandemia. Bach, porém, trata a hipótese como apenas uma especulação no momento.
“Não é isso que queremos, porque o espírito olímpico é sobre unir fãs. Isso que torna os Jogos únicos. Eu pediria que você me desse mais tempo para consultas com os atletas, com a Organização Mundial de Saúde, com os parceiros japoneses”, explicou o dirigente, quando perguntado sobre a possibilidade dos Jogos ocorrerem com os portões fechados.
Por fim, o presidente do COI evitou condicionar a realização das Olimpíadas com a possível descoberta de uma vacina para o novo coronavírus.
“Estamos contando com os conselhos da Organização Mundial da Saúde. Estabelecemos um princípio: organizar esses Jogos em um ambiente seguro para todos os participantes. Ninguém sabe como será o mundo em um ano, em dois meses”, disse Bach.
“Portanto, temos que confiar nos especialistas e, em seguida, tomar a decisão apropriada no momento apropriado, com base nos conselhos da OMS”, conclui.
