Natura lucra R$ 240,2 mi no 2º trimestre, mas vendas no Brasil decepcionam

A empresa teve um lucro líquido de 240,2 milhões de reais no de abril a junho, alta de 11,7 por cento ante os 215,1 milhões de reais apurados um ano antes

Reuters

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RIO DE JANEIRO – A fabricante de cosméticos Natura (NATU3) lucrou mais que o esperado pelo mercado no segundo trimestre, com seus resultados internacionais compensando vendas decepcionantes no Brasil.

A empresa teve um lucro líquido de 240,2 milhões de reais no de abril a junho, alta de 11,7 por cento ante os 215,1 milhões de reais apurados um ano antes.

O resultado ficou acima da média das expectativas de analistas obtidas pela Reuters, que apontava lucro de 213,7 milhões de reais no período.

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A receita líquida total da companhia cresceu 6,7 por cento no trimestre, a 1,715 bilhão de reais, em linha com as previsões, apoiada no avanço de 36 por cento nas vendas líquidas das operações internacionais. No Brasil, a receita líquida subiu apenas 1,1 por cento, a 2,28 bilhões de reais.

Com isso, o resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), somou 409,9 milhões de reais, avanço anual 4,7 por cento, mas também acima da previsão média de analistas, de 391,3 milhões. No Brasil, o Ebitda proforma caiu 1,6 por cento.

Segundo a companhia, a menor frequência de pedidos das consultoras, especialmente em junho, prejudicou o resultado.

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No exterior, por outro lado, a Natura viu continuidade do crescimento acelerado, em meio à expansão da base de consultoras e do aumento da frequência de compra. A fatia das operações internacionais da receita líquida do grupo aumentou de 10,8 para 14 por cento na comparação anual.

Segundo a companhia, o resultado mais fraco no país no trimestre deve ser revertido na segunda metade do ano.

“Teremos uma aceleração no segundo semestre. Além de lançamentos, que serão relevantes para a cesta de compra de nossos consumidores e para aumentar a frequência das nossas consultoras, vamos intensificar os investimentos em marketing”, disse a jornalistas o vice-presidente de Finanças e Relações Institucionais, Roberto Pedote.

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A deterioração do cenário macroeconômico não deve afetar a Natura, segundo ele. “Não vejo porque ter desaceleração muito significativa”, adicionou.

No final de julho, a Natura lançou os primeiros produtos da marca SOU, com preço mais baixo do que de outras linhas da companhia. Segundo o executivo, a margem é equivalente a de outras linhas.