Microsoft reduz previsão de vendas para o próximo trimestre por coronavírus

Ações da companhia caíram cerca de 2% após o anúncio

Pablo Santana

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SÃO PAULO – A Microsoft anunciou que precisou atualizar as suas estimativas de receita de venda do terceiro trimestre fiscal de 2020 por conta dos impactos do coronavírus, responsável pela Covid-19 que já matou mais de 2.700 pessoas em todo mundo.

O anúncio veio uma semana depois que a Apple também reduziu suas projeções de lucros pelo mesmo problema.

Segundo comunicado, o segmento “More Personal Computing”, que inclui a receita de licenciamento de Windows para fabricantes de PCs e sua linha de hardware Surface não conseguirá atingir as expectativas de receitas previstas entre US$ 10,75 bilhões e US$ 11,15 bilhões “devido à incerteza relacionada à saúde pública e o surto na China”.

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Imediatamente após o anúncio, as ações da Microsoft caíram cerca de 2% no after-market, quando as negociações são feitas após o fechamento da bolsa, sendo praticada a US$ 167.

A empresa também cancelou diversos eventos na China e afirmou seguir monitorando de perto o impacto da COVID-19. “Nossa principal prioridade continua sendo a saúde e a segurança de nossos funcionários, clientes, parceiros e comunidades. Nossa equipe global de resposta à saúde está atuando para ajudar a proteger nossos funcionários de acordo com as orientações das autoridades globais de saúde”, diz o comunicado.

O jornal japonês Nikkei Asian Review publicou nesta quarta-feira (26), uma reportagem revelando que a Microsoft e outras gigantes da área de tecnologia estão se preparando para transferir a produção de seus dispositivos da China para o Sudeste Asiático em meio ao agravamento do surto de coronavírus.

A empresa não comentou os rumores, porém o jornal aponta que o Vietnã e a Tailândia serão os grandes beneficiários dessa mudança.

Apesar de não ter citado sobre o novo guidance no comunicado desta quarta, a demora da retomada das suas operações não atinge os outros negócios da companhia, que chegou a afirmar que a demanda pelo Windows segue “forte”, em linha com suas expectativas.

*Com informações da Agência Estado

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Pablo Santana

Repórter do InfoMoney. Cobre tecnologia, finanças pessoais, carreiras e negócios