“Mesmo com a moratória, planos da Marfrig na Argentina estão mantidos”, afirma CEO

Até aqui, a desvalorização do peso tornou as exportações de carne mais competitivas no país. Mas há o temor de uma hiperinflação

Letícia Toledo

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SÃO PAULO – O agravamento da crise econômica na Argentina, com o pedido de moratória de sua dívida, ainda não provocou uma revisão nos planos do frigorífico Marfrig no país. O InfoMoney entrevistou o CEO da companhia, Eduardo Miron, nesta quinta-feira (29).

“Temos uma dinâmica muito interessante na Argentina tanto para atender o mercado doméstico quanto para fazer exportações. Então isso ajuda a equilibrar as operações em diferentes cenários”, afirma Miron. Confira a entrevista completa no vídeo acima.

Em janeiro, a Marfrig assumiu as operações da Quickfood que adquiriu da BRF por US$ 54,9 milhões. Desde então, a empresa ampliou a capacidade de abate por conta das exportações.

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A desvalorização do peso tornou as exportações mais competitivas e tem ajudado a receita da Marfrig. O risco de um agravamento da crise no país, no entanto, traz receios de que os pecuaristas argentinos tenham que diminuir seu rebanho e, com isso, afetem o estoque de carne disponível para exportação. 

“O câmbio deve continuar ajudando as exportações. A Argentina já sofreu com a queda do estoque de gado no passado, então isso não deve se repetir. É algo que todo o mercado está atento”, afirma Miron.

Caso a situação no país melhore, a companhia pode se beneficiar por conta de duas marcas líderes que detém por meio da Quickfood. A Paty é líder no mercado de hambúrgueres e a Vieníssima, no segmento de salsichas.

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Na entrevista, Miron também falou sobre os outros países em que a companhia atua, a parceria fechada para produzir hambúrguer vegetal e os planos para o futuro dos negócios. 

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Letícia Toledo

Repórter especial do InfoMoney, cobre grandes empresas de capital aberto e fechado. É apresentadora e roteirista do podcast Do Zero ao Topo.