McDonald’s demite CEO por relacionamento com funcionária

Steve Easterbrook violou a política interna da companhia ao manter o relacionamento que, segundo a empresa americana, era consensual

Paula Zogbi

Fachada de restaurante do McDonald's (Divulgação)

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SÃO PAULO – A rede de fast food McDonald’s anunciou no domingo (3) a demissão de seu CEO e presidente executivo, Steve Easterbrook, como consequência de um relacionamento amoroso com uma funcionária da empresa. Chris Kempczinski, que comandava as operações dos Estados Unidos, ocupará o cargo a partir de agora.

De acordo com o comunicado, o relacionamento era consensual, mas violava a política interna da empresa e demonstrava “pouco discernimento”. Easterbrook enviou um e-mail a funcionários admitindo o “erro” e acrescentando “concordar com o conselho que é hora de seguir em frente”.

O executivo afastado estava no cargo desde 2015 e é considerado responsável pela estratégia recente de capturar uma geração mais jovem de clientes para a maior rede de fast food do mundo. Ele criou os pedidos via aplicativo, pagamento via smartphone e o delivery da marca, incluindo acordos com empresas como Uber Eats e comprando empresas de machine learning e inteligência artificial.

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Sob seu comando, as vendas nas mesmas lojas, indicador fundamental para empresas como o McDonald’s, voltaram a subir graças ao cardápio de café da manhã servido o dia todo. Nos anos anteriores, estavam estagnadas.

Michael Halen, estrategista da Bloomberg Intelligence, chegou a dizer que Easterbrook possivelmente seria “o melhor CEO na indústria de restaurantes”.

As ações do McDonald’s, listadas na Bolsa de Nova York, chegaram a cair 2,3% antes da abertura das negociações na segunda.

Donos de franquias devem ter uma reunião para discutir como proteger a marca após os acontecimentos.

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney