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SÃO PAULO (Reuters) – O lucro líquido do BTG Pactual no primeiro trimestre aumentou na comparação com o trimestre anterior devido à melhora operacional, mas recuou na comparação contra um ano antes, quando o resultado tinha sido impulsionado por venda de ativos.
O grupo criado pelo banqueiro André Esteves anunciou nesta terça-feira que seu lucro líquido de janeiro a março somou 720 milhões de reais, queda de 29 por cento ante mesma etapa de 2016 e alta de 5,9 por cento sobre o trimestre anterior. Em termos ajustados, o lucro líquido somou 843 milhões de reais no primeiro trimestre, queda de 16,5 por cento na comparação anual e alta de 24 por cento ante o quarto trimestre de 2016.
A receita total do BTG Pactual cresceu 63 por cento sobre o último trimestre de 2016, para 1,661 bilhão de reais. Ano a ano, porém, houve queda de 53 por cento, principalmente devido aos efeitos da venda de participação na gestora suíça de recursos BSI e no braço do negócios de commodities ECTP.
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As vendas fizeram parte dos esforços do BTG Pactual para fazer frente à saída de recursos de investidores e clientes na época, após a prisão de Esteves em uma das fases da operação Lava Jato, no fim de 2015.
O BTG Pactual afirmou que todas as suas áreas de negócios tiveram resultados positivos no trimestre, com a atividade bancária se beneficiando da recuperação no mercado de capitais.
Já a corretora teve crescimento de volume impulsionado pelo bom desempenho da mesa de taxas de juros. Até a área de investimentos, que pressionou os resultados do grupo por vários trimestres, contribuiu desta vez, refletindo a marcação a mercado do investimento na Eneva, disse o banco.
A carteira de crédito do banco fechou março em 26,49 bilhões de reais, alta de 8,9 por cento sobre o final de 2016, mas queda de 16,1 por cento em 12 meses.
O BTG Pactual teve rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido de 18,7 por cento no período, ante 15,1 por cento no último trimestre de 2016 e 20,1 por cento um ano antes.
