Limppano: a “faxina” que fez a empresa carioca dobrar seu faturamento

Com o relançamento da marca Odd (que pertencia à P&G e estava adormecida), a empresa aumentou seu faturamento de R$ 160 milhões para R$ 400 milhões

Mariana Amaro

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A fabricante de produtos de limpeza Limppano fez uma verdadeira ‘faxina’ no seu portfólio nos últimos anos. Saíram as vassouras e lãs de aço e entraram novos produtos da marca Odd, uma velha conhecida dos brasileiros que estava fora das prateleiras dos mercados há muitos anos.

Os direitos de uso da marca pertenciam à multinacional P&G e foram negociados por valores não divulgados.

O investimento da Limppano deu um grande impulso para a empresa, que mais que dobrou seu faturamento de R$ 160 milhões em 2019 para uma estimativa de R$ 450 milhões neste ano – e dê olho no primeiro bilhão.

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Tudo isso começou com Alfredo Buchheim, um judeu alemão que veio para o Brasil na década de 1930 fugindo da perseguição na Europa. Por aqui, na Rua do Senado, no centro do Rio de Janeiro, ele fincou as bases do que viria a ser uma das maiores indústrias de produtos de limpeza do país, mas começou fazendo a representação comercial para a venda de flanelas e panos de chão.

“Meu avô sempre teve uma habilidade comercial muito grande e se tornou um representante comercial das indústrias têxteis de Santa Catarina. Quando meu pai, Thomaz, se juntou a ele, percebeu tinha a oportunidade de fabricar alguns produtos em casa também: as flanelas e os panos de chão. Então a empresa começou como uma indústria em paralelo”, relembra Alex Buchheim, neto de Alfredo, um dos filhos de Thomaz e, hoje, o CEO da Limppano, em entrevista gravada para o podcast Do Zero ao Topo. 

Embora sempre tenha ouvido histórias da empresa e convivido com os dois empreendedores, Alex não imaginava que seguiria uma carreira na companhia. “Eu não imaginava que fosse trabalhar na empresa porque não achava que o negócio ia ficar de pé”, afirma, contando dos anos de dificuldades da família e lembrando que seu pai vendeu o carro e o imóvel para pagar as contas da empresa.

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Em 1994, a empresa passou por sua primeira grande mudança: ampliou o portfólio de produtos. Até então, segundo Buchheim, o foco ainda estava nos panos de chão e flanelas, mas no começo dos anos 1990, os ‘carros-chefes’ da companhia (panos de chão e flanelas) passaram a ser comercializados também de maneira informal, longe de supermercados e a concorrência aumentou. Para se manter competitiva e focando no setor de limpeza de maneira mais abrangente, a companhia fez um investimento em uma máquina para montar esponjas.

Pouco tempo depois, ainda como estagiário, Alex se juntou à empresa. Ele, que ocupa o cargo de CEO da companhia, é o responsável pela estratégia de renovação da empresa mais recente da Limpanno, a compra da Odd e relançamento da marca e o convidado do episódio #158, publicado nesta quarta-feira (24) do podcast Do Zero ao Topo. 

O programa está disponível em vídeo no YouTube ou em áudio nas principais plataformas de streaming como ApplePodcastsSpotifyDeezerSpreakerGoogle PodcastCastbox e Amazon Music.

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Sobre o Do Zero ao Topo

O podcast Do Zero ao Topo entra no seu quinto ano de vida e traz, a cada episódio, um empreendedor(a) ou empresário(a) de destaque no mercado brasileiro para contar a sua história, compartilhando os maiores desafios enfrentados ao longo do caminho e as principais estratégias usadas na construção do negócio.

O programa já recebeu nomes como o empresário Abílio Diniz; Rodrigo Galindo, chairman da Cogna; Paulo Nassar, fundador e CEO da Cobasi; Mariane Morelli, cofundadora do Grupo Supley; Fernando Simões, do Grupo Simpar; Stelleo Tolda, um dos fundadores do Mercado Livre; Luiz Dumoncel, CEO e fundador da 3tentos; José Galló, executivo responsável pela ascensão da Renner; Guilherme Benchimol, fundador da XP Investimentos; e contou dezenas de histórias de sucesso.

Mariana Amaro

Editora de Negócios do InfoMoney e apresentadora do podcast Do Zero ao Topo. Cobre negócios e inovação.