SP ganha empresa de carros elétricos compartilhados; veja preços e como funciona

A beepbeep permite que o usuário pague por minuto e dirija um carro elétrico entre as estações distribuídas em São Paulo    

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – Nesta terça-feira (30), a cidade de São Paulo sediou o lançamento da beepbeep, uma empresa de compartilhamento de carros elétricos para transporte urbano. O serviço possibilita o uso de um carro de maneira particular temporariamente, com pagamento por minuto de uso.

A frota, hoje composta por 10 Renault Zoe, é 100% elétrica. No próximo mês, mais 20 carros já estarão disponíveis. A expectativa é que no primeiro ano da empresa esse número de veículos suba para 100  unidades e ao final de dois anos, para 300 carros.

A cobrança padrão para esse modelo é de uma “bandeirada” de R$ 4,90 inicial mais R$ 0,60 por minuto de uso. 

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Além disso, há opções de planos para o usuário que desejar passar mais tempo com o carro. Por exemplo, a partir de 6 horas o custo é de R$ 4,90 iniciais mais R$ 0,40 por minuto, a partir de 12 horas o mesmo valor inicial mais 0,30 por minutos e o preço vai abaixando gradualmente conforme a pessoa fica mais tempo com o carro.  

Pontos de acesso

O usuário precisa pegar o carro em alguma das 60 estações espalhadas pela cidade de São Paulo, com uma concentração nas regiões sul e oeste, e devolver em qualquer outra unidade.

Algumas estão instaladas em unidades do Supermercados St. Marche e dos estacionamentos da rede Netpark, nos condomínios corporativos administrados pela JLL, além do Shopping Market Place e Hotel Tívoli Mofarrej. A ideia é aumentar ainda mais a rede de parceiros para oferecer mais pontos distribuídos na cidade. 

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O CEO explicou que existe a possibilidade de um usuário deixar o veículo na rua e não devolver em alguma das estações. “Nesse caso, a equipe da beepbeep vai encontrar o veículo e reposicioná-lo em alguma das estações próximas, mas a pessoa pagará uma multa de R$ 50 mais R$ 1”, diz. 

“Por enquanto, nem todas as nossas estações são 24 horas, por isso o usuário precisa se programar para deixar o carro em alguma delas dentro do horário de funcionamento ou se deslocar até alguma unidade que esteja aberta. Na próxima atualização do app, já será possível ver os horários de funcionamento de cada estação”, explica Fagionato. 

 

Como funciona

Primeiro, o usuário baixa o aplicativo da empresa, já disponível para iOS e Android. Faz um cadastro enviando uma selfie, a carteira nacional de habilitação (CNH) e adicionando um cartão de crédito.  

A partir disso, escolhe seu carro, que estará sendo mostrado em um mapa, e tem até 30 minutos para chegar até o veículo. “Por enquanto temos poucas estações, então estamos dando um tempo maior para o usuário. Mais para frente a ideia é diminuir o tempo, mas ter estações distantes a 800 metros uma da outra”, explica Fábio Fagionato, CEO e co-fundador da beepbeep.  

Ao chegar perto do carro, o aplicativo funciona como a chave e possibilita que o usuário desbloqueie o veículo. Para ligá-lo, basta pisar no freio e apertar o botão “start/stop” onde tradicionalmente vai a chave. 

Para desligar basta apertar o freio e pressionar o botão de “start/stop”  e deixar o carro na estação, ou caso as vagas da mesma estejam ocupadas, o usuário pode deixar em qualquer vaga do shopping que a equipe vai deslocar o veículo até o local adequado. 

Todas as unidades dos carros vêm com uma tag de estacionamentos e pedágios – valores cobrados do usuário, desde que não seja em um dos parceiros da empresa que tenham estações para deixar o veículo. Ou seja, ao entrar no shopping Market Place, por exemplo, o estacionamento fica por conta da empresa e não do usuário.

Além disso, a limpeza dos carros, custo de manutenção e impostos fica por conta da empresa.  

Todos os modelos têm seguro da Porto Seguro e assistência 24 horas para qualquer emergência. Em caso de acidentes, o usuário pode ser responsável por pagar a franquia ou o valor do prejuízo, a depender da situação e de acordo com os termos do contrato disponível no app. 

Em caso de multas, os valores serão faturados do cartão cadastrado pelo usuário, segundo o CEO. 

O carro

O hatch Zoe tem uma autonomia de 300 km e todas as estações vão ter postos de abastecimentos para os veículos. Os usuários não têm responsabilidade em deixar o carro carregando caso a bateria esteja acabando, mas no futuro a empresa pensa em beneficiar de alguma maneira quem fizer isso. 

Segundo a empresa, não há exclusividade com a Renault no fornecimento de carros. “Estamos conversando com outras montadoras para oferecer outras opções e tamanhos de carros elétricos”, explicou André Fauri, co-fundador da beepbeep. 

O InfoMoney fez um test drive no modelo e o maior diferencial para quem nunca dirigiu um carro elétrico é o silêncio. O veículo não produz nenhum tipo de ruído do motor ou de troca de marcha. Além disso, o painel do carro é bem tecnológico indicando a bateria e autonomia restante do veículo. De resto, funciona como um carro automático comum.

O modelo vai de 0 a 50km/h em 4s e possui baterias que não viciam. Além disso, o carro tem um sistema de bateria Zero Emission 40 e motor elétrico, não emitindo poluentes. Está disponível nas cores preta e branca e sempre com os logos identificados da empresa. 

Confira algumas fotos: 

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A empresa

“O acesso e a experiência substitui a propriedade”, é o que diz o vídeo de apresentação da empresa, e o conceito que o negócio quer passar, segundo o CEO. 

A ideia é atingir um “público-alvo amplo, desde os millennials, que não estão preocupados em ter posse de bens, e que são engajados com sustentabilidade, passando por executivos e pessoas em deslocamento na cidade de São Paulo que precisam de um carro e não querem a burocracia das empresas de aluguel”. 

Para além disso, a proposta é ser uma opção complementar aos apps de compartilhamento como o Uber, sendo uma outra opção, segundo Fauri.  

O investimento para a estruturação da startup foi de R$ 3 milhões e o grupo de sócios projeta o retorno do investimento em dois ou três anos.  

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.