Algoritmo do Google destaca notícia falsa sobre eleições dos EUA

Depois do Facebook, o Google agora enfrenta problemas com a credibilidade do seu conteúdo

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Depois de o Facebook enfrentar problemas com sua seleção automática de conteúdo, o algoritmo do Google está dando destaque para notícias mentirosas a respeito das eleições dos Estados Unidos.

Ao pesquisar, em inglês, termos como “números finais das eleições” dentro da aba “notícias”, usuários do maior site de pesquisa do mundo se deparam, logo de cara, com notícias completamente falaciosas.

O primeiro resultado é um artigo com números falsos que garante que Trump venceu tanto em número de votos como em colégios eleitorais. Na realidade, como se sabe a eleição do candidato foi possível graças ao modelo de contagem por delegados do país, mas a contagem de votos em si está favorável à sua oponente.

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Hospedado no site “70 News”, o texto cita como fonte o USASupreme.com, que também foge da mídia tradicional. Na verdade, este segundo site não chegou a publicar números, mas diz que Hillary “provavelmente não vencerá em número de votos”.

De acordo com o Washington Post, Clinton já tem uma vantagem de cerca de 700 mil votos, número que tende a crescer conforme a contagem em localidades que “simpatizam” com a candidata democrata, como aLos Angeles.

A falha do algoritmo do Google, que vem sendo noticiada e criticada pela mídia dos Estados Unidos nesta segunda-feira, não é a primeira situação desse tipo em 2016.

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Em agosto, o Facebook sofreu críticas depois de o Trendings, sua ferramenta de notícias, começar a publicar mentiras e matérias com conteúdo ofensivo – dois componentes que seu algoritmo supostamente deveria barrar. Isso aconteceu quando a rede social demitiu uma equipe que deveria “ensinar” o robô a publicar conteúdo confiável, acreditando que a tecnologia já estava preparada para funcionar sozinha. 

Até agora, o Google não publicou nenhum comentário a respeito do resultado das buscas sobre as eleições.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney