Samsung e Apple serão “exterminadas” em 5 anos, diz especialista

McMaster dá uma causa para que isto aconteça: a próxima "revolução" no mercado de smartphones será a commoditização dos hardwares, que passarão a ser fabricados por empresas locais

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – Quase todo mundo com mais de 18 anos de idade já teve um celular Nokia “tijolão”, aquele com o jogo da cobrinha. Mas destino foi cruel com a empresa, que despencou de dominante do mercado de celulares para uma empresa de nicho após a chegada da Apple ao mercado- a ponto primeiro-ministro finlandês dizer que Steve Jobs destruiu seu país. 

Agora, um homem ligado ao mercado de smartphones diz que esse será o futuro da própria Apple e de empresas como Samsung e Motorola, que não estão inovando o suficiente para se manter na frente do mercado. “As empresas como a Samsung serão as Nokias da próxima geração, daqui cinco anos”, diz Kirt McMaster, CEO da Cyanogen – uma empresa de software que prometeu “roubar o Android do Google” – em entrevista ao Business Insider

McMaster dá uma causa para que isto aconteça: a próxima “revolução” no mercado de smartphones será a commoditização dos hardwares, que passarão a ser fabricados por empresas locais, como ocorreu com o mercado de computadores – onde as empresas perderam relevância. “A primeira foi mudar de celulares para smartphones, a segunda foram as lojas de aplicativos e agora os formatos, e agora será a vez de commotidizar o hardware”, alerta. 

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Na opinião dele, isso acontecerá nos próximos 3 a 5 anos, mas é uma tendência que pode ser vista principalmente em países emergentes, onde algumas empresas de celular de baixo custo estão ganhando força. China e Índia, os dois países mais populosos do mundo possuem as empresas mais emblemáticas desta revolução: a Xiaomi e a Micromax, a terceira e a décima maiores empresas de celular do mundo. 

“Esses caras estão criando aparelhos realmente baratos que possuem perfomances muito baratos, que é possível por conta de uma solução da Qualcomm. Com optimização, conseguimos fazer com que eles se pareçam com celulares de US$ 600”, destaca o CEO da Cyanogen. E isso é um grande problema para as maiores empresas do mundo. 

Nem Samsung nem Apple conseguem competir nesta faixa de preço. “Vai ficar feio muito rápido. Veja o que aconteceu com a RIM, com a Nokia. No verão passado a Micromax passou a Samsung como maior empresa de celulares. Isso aconteceu em, literalmente, oito meses. E isso é só um mercado, nos estamos vendo isso acontecer em todo o mundo”, destaca. 

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Para ele, o que vai sobreviver é só a plataforma Android, a qual ele tem uma versão gratuita, aberta. “Android agora tem um bilhão e meio de usuários, mas vai chegar a mais de cinco bilhões”, salienta.