Iguatemi suspende aluguel de março para todos os lojistas

Os valores não serão isentos e sim cobrados em um momento futuro a ser definido

Estadão Conteúdo

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A Iguatemi, dona de participação em 16 shopping centers no País, suspendeu a cobrança de aluguel dos seus lojistas neste mês de março devido ao fechamento dos centros de compra em meio à pandemia do coronavírus (covid-19). Não haverá isenção desses valores, porém, que serão cobrados em um momento futuro a ser definido.

Além disso, o boleto de março terá desconto de 60% a 100% nos fundos de promoção e um desconto de 10% na taxa de condomínio.

A medida vale para toda a base de lojistas. Já para o boleto de abril, as medidas ainda não estão definidas.

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A informação foi compartilhada nesta quarta-feira, 25, pela vice-presidente Financeira e de Relações com Investidores da Iguatemi, Cristina Betts, durante teleconferência com investidores e analistas.

“Quando se fala em suspensão do aluguel, estamos abrindo mão do pagamento agora e jogando para frente. Não é momento de discutir com 3 mil lojas o que faremos em cada caso. Suspendemos a cobrança e entendemos que esse discussão ficará para depois”, explicou Cristina. “Aluguel é o que paga as contas da Iguatemi (como holding). Suspender o aluguel é a nossa contribuição no momento. Entendemos que o momento é de preservar a liquidez (dos lojistas)”, completou.

Ela contou que, na segunda-feira, a companhia entrou em contato por telefone com 80% da base de lojistas, que, segundo ela, recebeu de forma positiva as medidas adotadas para aliviar o caixa das empresas.

A executiva disse que a companhia está se esforçando para reduzir mais os custos condominiais, mas esses valores não deixaram de ser cobrados dos lojistas. Ela argumentou que é preciso manter rateio de despesas a limpeza, manutenção e segurança dos empreendimentos, de forma a garantir que estejam prontos para a reabertura.

Questionada se espera aumento da vacância e inadimplência nos shoppings, Cristina disse que ainda é cedo para traçar perspectivas, pois a duração e o tamanho da crise não estão claros. Ela acrescentou ainda que a postergação da cobrança do aluguel será contabilizado na linha de provisões do balanço da companhia.

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