Grupo Peixoto de Castro aprova plano de recuperação judicial; ação dispara 15%

Plano foi aprovado e homologado na 7ª Vara Empresarial da Capital do Estado do RJ; Ação foi feita em conjunto com Apolo Tubos e Equipamentos e GPC Química

Paula Barra

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SÃO PAULO – O Grupo Peixoto de Castro (GPCP3) informou nesta manhã que foi aprovado o seu plano de recuperação judicial, que encontra-se disponível em seu website. Em reflexo, as ações da companhia registravam às 11h39 (horário de Brasília) desta sexta-feira (13) valorização de 11,54%, sendo cotadas a R$ 0,58, após terem atingido alta máxima de 15,38%, a R$ 0,60. No mesmo horário, o volume financeiro movimentado com o papel alcançava R$ 1,067 milhão, bem acima da média diária dos últimos 21 pregões, que gira em torno de R$ 700 mil.

O plano, impetrado no final de abril, foi aprovado e homologado na 7ª Vara Empresarial da Capital do Estado do Rio de Janeiro. A ação foi feita em conjunto com suas empresas controladas, a Apolo Tubos e Equipamentos e GPC Química. 

Na decisão, consta que os 86 dos credores da companhia, que acumulam dívidas de R$ 101,339 milhões, se posicionaram a favor do plano, enquanto 13 credores, totalizando R$ 87,382 milhões, rejeitaram a proposta e 5 (acumulando R$ 2,729 milhões) se abstiveram de votar.

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A holding atua nos segmentos químico e petroquímico, com a produção de metanol e, consequentemente, resinas para o setor de madeiras, tintas e vernizes. Essas atividades são conduzidas pela GPC Química. Atua ainda em energia renovável, através da biomassa. A companhia ainda fabrica tubos de aço, através da Apolo Tubulars, uma sociedade da Apolo Tubos com a Lone Star Brasil, que foi adquirida pela US Steel. 

A empresa chegou ao fim de 2012 com endividamento bancário líquido de R$ 248 milhões. O valor é menor do que os R$ 282 milhões registrados no fim de 2011. Desde o ano passado, a companhia vinha tentando equacionar essa dívida. Fez uma oferta privada de ações (onde aumentou o capital em R$ 60 milhões) e um “reperfilamento” do endividamento da GPC Química (de R$ 134 milhões, no fim de 2012).