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SÃO PAULO – “Quando você pega seu telefone e decide para onde ir, queremos ser o primeiro lugar que você acessa”, disse David Reich, um dos diretores da Uber. A empresa quer expandir seus negócios até para os transportes públicos de algumas cidades, de acordo com o The New York Times.
A Uber se uniu a cidades e agências de trânsito nos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra e Austrália para começar a testar a venda de passagens de trens e ônibus e transportar pessoas com deficiência como parte do esforço para voltar a crescer.
Agora a medida está sendo defendida por Dara Khosrowshahi, CEO da Uber, para transformar a empresa na “Amazon do transporte”, segundo o site. A ideia é ser a única empresa a oferecer transporte por carro, bicicleta, ônibus, trem e patinete.
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O processo é lento – desde 2015 a companhia de compartilhamento vem fechando contratos com entidades de trânsito para conseguir atuar em outros formatos. Mas está, finalmente, dando efeito.
Críticas
Autoridades de algumas cidades americanas criticaram a Uber por não compartilhar dados suficientes das viagens que são feitas, o que poderia ajudar as agências de trânsito a planejar novas rotas, por exemplo.
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Além disso, algumas cidades se preocupam com a chance de que Uber e Lyft aumentem o congestionamento, como alguns estudos constataram.
“Há perguntas sobre a formação de parcerias que podem acabar afastando os passageiros do transporte público. Fazer acordos com empresas de carona compartilhada é um jogo perigoso para as agências de trânsito”, afirma Adie Tomer, membro da política metropolitana da Brookings Institution, que estuda o uso de infraestrutura nos EUA.
A preocupação aumentou quando a Uber afirmou em abril que tinha como objetivo substituir o transporte público. Depois, a posição foi alterada, com a promessa de que a empresa integraria o trânsito público em seu aplicativo “como uma opção adicional de baixo custo”, de acordo com o site.
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Onde já tem
Denver, no Colorado, é uma das cidades em que a Uber vende passagens de trens e ônibus desde maio deste ano. A empresa não ganha dinheiro vendendo as passagens, mas se beneficia quando os usuários ficam no aplicativo para reservar o transporte da estação de trem até seu destino, por exemplo.
Uma das primeiras parcerias foi fechada em 2015 com a Dallas Area Rapid Transit (DART), empresa que administra o metrô em Dallas, no Texas.
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Naquele ano, a Dart concordou em exibir temporariamente as caronas da Uber como opção em seu aplicativo durante dia de São Patrício.
A promoção foi popular e a Dart integrou a Uber permanentemente a seu aplicativo. Hoje, a agência subsidia as caronas compartilhadas por alguns quilômetros entre várias estações públicas de trem.
A Uber também tem parceria com a cidade de Innisfil, em Ontário, no Canadá, outra alternativa ao transporte público. A empresa ofereceu como solução uma parceria de caronas compartilhadas mais barata do que a inclusão de uma nova linha de ônibus na cidade.
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“Os grandes municípios às vezes veem a carona compartilhada como um inimigo, porque vai roubar seus passageiros. Temos uma abordagem diferente e a adotamos a opção”, afirmou Lynn Dollin, prefeita de Innisfil, ao site.
A companhia quer ampliar essas parcerias com muito mais cidades e ter mais uma opção negócio e fonte de receita.
O serviço de vendas de bilhetes de trens e metro não está disponível no Brasil e não há previsão de chegada para o mercado local, segundo informações da assessoria do Uber.
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