Possível limitação da venda de bebidas alcoólicas prejudicaria Ambev, diz Itaú BBA

Para analistas, a recuperação das margens da empresa pode ser prejudicada e a mudança de hábito no consumo, acelerada  

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Em entrevista ao Globo, o futuro ministro da Cidadania, Osmar Terra, mencionou a intenção de limitar o horário de venda de bebidas alcoólicas em bares e restaurantes de áreas violentas do país. Para analistas, a notícia é particularmente negativa para a Ambev (ABEV3), dona de marcas como Skol e Brahma.

“A perspectiva atual para o quarto trimestre já é fraca”, escreveram analistas do banco em relatório, citando aumento de preços em 2019 e o crescimento da concorrente Heineken. “A notícia complicaria os esforços da empresa para recuperar volumes e margens no ano que vem”, explicaram.

Enquanto o impacto no curto prazo deve ser mínimo, a alteração do funcionamento de bares e restaurantes deve acelerar uma tendência já identificada de mudança nos hábitos de consumo de bebidas por brasileiros. Há algum tempo, o consumo em bares vem dando espaço para a compra em supermercados (leia mais aqui).

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“Isso pode ser um desafio para a Ambev, dado que vemos sua força distributiva como uma vantagem competitiva clara”, escreveram analistas do Bradesco BBI. Vale lembrar que a Heineken ainda depende de parcerias para distribuir seus produtos ao redor do país.

Em uma sexta-feira de alta do Ibovespa, a ação da Ambev via queda de 1,45% às 11h10. No ano, a desvalorização acumulada é de 27,21%. Para investir em ações sem pagar corretagem, abra uma conta na Clear. 

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney