O Boticário desenvolve primeiro perfume do mundo usando inteligência artificial

Perfumes são frutos de uma parceria entre o grupo paranaense, a casa de fragrâncias alemã Symrise e a IBM Research

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – O grupo Boticário deu um passo à frente no mercado de fragrâncias e lançou as primeiras fragrâncias do mundo desenvolvidas com o uso de Inteligência Artificial. Se trata de uma parceria entre o grupo paranaense, a casa de fragrâncias alemã Symrise e a IBM Research, que desenvolveu uma solução única de inteligência artificial para a criação de perfumes.

Chamado Phylira, deusa do perfume na mitologia grega, o software examinou milhões de dados referentes a fórmulas e ingredientes de perfumes para chegar a novos padrões e novas combinações, tudo isso usando “novos e avançados algoritmos de aprendizado automático”. A partir deste processo foram criadas duas combinações inéditas de fragrância.

Também participaram do desenvolvimento delas, claro, os perfumistas do grupo, que “refinaram a combinação” de fragrâncias até chegar no resultado final.

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“O que parecia uma combinação totalmente improvável resultou em fragrâncias que surpreenderam até mesmo a nossa equipe e que só precisaram do nosso toque final no Boticário para ficarem totalmente prontas”, disse Jean Bueno, gerente de perfumaria do Boticário.

O uso do software ainda trouxe outra vantagem: a redução de tempo de desenvolvimento de novos produtos. Os dois novos perfumes foram desenvolvidos do zero em apenas seis meses, segundo o grupo.

“A inteligência artificial certamente vai otimizar muito o nosso tempo de desenvolvimento – que inclui centenas de submissões em um intervalo de até três anos – e permitir que o time de Marketing e de Pesquisa e Desenvolvimento na indústria se dediquem muito mais às combinações finais”, explicou o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do Boticário. “Isso nos abre um novo caminho para a inovação na perfumaria”.

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Ambos os perfumes, ainda sem nome, preço ou frasco definidos, chegarão ao mercado em 2019. O que o grupo conta é que eles miram os consumidores millennials e que têm “tudo a ver com o gosto do consumidor brasileiro”.

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