Oreo online: Mondelez vai convencer você a comprar chocolate pela internet

Empresa encomendou uma pesquisa para entender os hábitos do consumidor brasileiro

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Chocolates e biscoitos são compras que costumam ser feita por impulso. Justamente por isso, é muito mais comum voltar da rua com uma barra de Lacta na mão do que planejar e fazer um pedido online pela mesma iguaria. Mas a Mondelez quer mudar isso.

A empresa, detentora de marcas como Lacta, Bis, Club Social, Oreo, Trident e Tang, encomendou uma pesquisa para compreender o consumo do brasileiro nos canais de compras online. A firma responsável por coletar e analisar os números Metrixlab – empresa global de conhecimento de mercado e análises. O intuito é claro: reforçar o e-commerce, que tem grande potencial de crescimento no Brasil.

No estudo, a empresa descobriu que, enquanto consome chocolate 3,8 vezes por semana, o brasileiro usuário do seu e-commerce compra online o mesmo produto 2,7 vezes ao mês, em média. Em poucas palavras: o potencial parece imenso, mesmo considerando apenas as pessoas que já consomem no site.

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Com duas plataformas de vendas online – Loja Lacta, para o consumidor em geral; e Loja Mondelez, para o pequeno varejista -, a Mondelez tem planos de expansão agressivos nesta frente. O B2B hoje existe apenas na região Sul do país, em modo piloto, mas deve ser expandido para o resto do Brasil e do mundo em breve. Já o B2C aposta em produtos exclusivos e personalizados, como o customizável Lacta Specials.

Na comparação com 2017, o e-commerce da empresa quer crescer 100% neste ano. Em 2019, o plano é mais que dobrar. “Nosso objetivo é ter forte presença em todos os ambientes, estar onde o consumidor está, seja no varejo tradicional, que é estratégico e de grande importância para a companhia, seja no ambiente online”, diz Maria Clara Batalha, head de E-commerce da Mondelez Brasil. Hoje, 40% do investimento em marketing da companhia já é feito em digital.

O que mais descobriu a pesquisa

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A primeira descoberta da pesquisa foi, justamente, que a motivação da compra no ambiente digital no Brasil é mais racional, com predomínio da escolha por baixo preço e variedade. A relação entre consumo versus compra online de chocolates ainda é baixa no Brasil. Enquanto a média total de consumo é 3,8 vezes por semana, a média de compra online é 2,7 vezes ao mês.

Conveniência (78%), preços baixos (55%), diversidade (46%), descontos e promoções (44%), e facilidade no pagamento (36%) são as características mais valorizadas pelos brasileiros no momento de comprar alimentos online.

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O Brasil também é o maior mercado de comércio eletrônico da América Latina, representando 47,7% das vendas regionais, seguido por Argentina (13,6%) e México (9,5%). Para o instituto, espera-se que o número de compradores digitais no Brasil aumente de 52,3 milhões para 60,4 milhões em 2022, com crescimento das vendas para o patamar de US$ 82,3 bilhões.

As vendas no varejo virtual representam hoje apenas 3,9% do total comercializado no mercado varejista do Brasil. No entanto, essa parcela deverá aumentar para 4,7% até 2022, prevê o eMarketer.

Crescimento

Após longo período de crescimento fraco (aproximadamente 5 anos com foco nas margens), a Mondelez anunciou recentemente uma evolução no modelo de negócios que tem como objetivo expandir a receita orgânica em 3% em 2019. A ideia é que o fluxo de caixa ultrapasse US$ 3 bilhões no longo prazo, o que traria uma maior distribuição de dividendos aos acionistas da empresa.

A estratégia inclui empoderar mais os mercados locais para ficarmos mais perto dos consumidores – uma gestão mais local – e tomarmos decisões, por exemplo, sobre qual o canal de vendas mais adequado, o melhor formato de embalagem, sabores e novas oportunidades de categoria dentro de snacks para investirmos”, disse a empresa, em nota.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney