Emirates pode comprar Etihad e criar maior aérea do mundo

A poderosa aérea de Dubai está de olho nos negócios deficitários da vizinha

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – A Emirates, principal companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos, está pleiteando a compra da vizinha Etihad, de acordo com fontes não identificadas da Bloomberg. A operação criaria a maior aérea do planeta em tráfego de passageiros.

Ainda em estágio preliminar, as negociações são no sentido de venda das operações principais de aviação da Etihad, mantendo com a controladora atual o braço de manutenção. As fontes disseram que existe a possibilidade de o negócio ser cancelado.

À Bloomberg, ambas as companhias se recusaram a comentar, mas posteriormente negaram que vêm se reunindo. O valor das duas juntas superaria o do American Airlines Group, atualmente em US$ 19,2 bilhões.

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Tradicionalmente rivais, as aéreas oferecem hubs muito semelhantes entre a Ásia e o ocidente. Uma aquisição necessitaria da “bênção” dos países mais ricos dos Emirados Árabes Unidos, Abu Dhabi e Dubai – lares de cada uma das empresas. Para o primeiro, que possui 6% de toda a reserva de petróleo do mundo, seria uma oportunidade de renovar as estatais do setor em meio à adaptação a preços mais baixos do barril.

Dentre as empresas, a Etihad está em situação claramente mais complexa: vem enxugando as operações após investir em diversas empresas com dificuldades financeiras para aumentar o tráfego aéreo em Abu Dhabi. Uma delas, a Air Berlin, faliu no ano passado, enquanto outra, a Alitalia, abriu um pedido de recuperação judicial recentemente.

A queda nos preços do petróleo também contribuiu para os problemas da empresa ao diminuir significativamente o mercado de turismo em economias cuja base é a commodity. O déficit da aérea nos últimos dois anos soma US$ 3,5 bilhões.   

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney