Agência avalia proibir cigarro eletrônico com sabor nos EUA

Investidores viram neste pronunciamento uma boa notícia para empresas tradicionais de tabaco, que vinham enfrentando diminuição em suas vendas

Mariangela Castro

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SÃO PAULO – As ações de empresas de tabaco caminhavam para um de seus maiores ganhos em anos na última quarta-feira (12) depois que o chefe da Federal Drug Administration (FDA) disse que a agência poderia proibir todos os cigarros eletrônicos saborizados, devido à sua popularidade entre os adolescentes que, segundo ele, teria atingido “proporção epidêmica.”

“O potencial dos cigarros eletrônicos em ajudar fumantes adultos a se afastarem do vício não pode custar a saúde dos jovens”, disse o comissário da FDA, Scott Gottlieb, em comunicado. “Não podemos permitir que toda uma nova geração se torne viciada em nicotina.”, acrescentou, de acordo com o Market Watch

Investidores viram neste pronunciamento uma boa notícia para empresas tradicionais de tabaco, que vinham enfrentando diminuição em suas vendas. As ações da British American Tobacco, por exemplo, subiram 6,2% na quarta-feira. Já os papéis da Altria Group Inc. subiram 6,8%, enquanto as ações da Philip Morris International Inc. avançaram 3,8%.

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A FDA, em particular, demonstrou-se preocupada com a popularidade dos cigarros eletrônicos da Juul Labs, que possui participação de quase 50% no mercado. O regulador pediu que esta e outras empresas traçassem planos para reduzir o uso de cigarros eletrônicos entre adolescentes, alertando-as que eles podem ser banidos.

Quando se trata da força da nicotina (substância estimulante que causa dependência), uma cápsula de Juul é aproximadamente igual a um maço de cigarros. Entretanto, dos jovens que conheciam ou usaram recentemente o Juul, apenas uma minoria sabia que ele continha tal substância, de acordo com estudo realizado com um grupo de fumantes.

Robin Koval, chefe-executivo e presidente da Truth Initiative – organização sem fins lucrativos que promove campanhas contra o tabagismo entre jovens – elogiou a “forte declaração” feita pela FDA. Além disso, pediu que o regulador encurte o período de carência de cigarros eletrônicos que já estavam no mercado para o final deste mês, antes previsto até 2022.

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“Existe, provavelmente, um bom número de jovens que se tornaram dependentes de nicotina como resultado do uso deste produto”, disse Koval. 

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