Tuíte ilegal, investigação e montanha-russa das ações: entenda a “novela Tesla”

Desde o dia 7 de agosto, empresa está no holofote do mercado - e não por bons motivos 

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – O mês de agosto não tem sido nem um pouco tranquilo para Elon Musk e a Tesla. Isso porque desde o dia 7, quando o bilionário publicou um polêmico tuíte revelando planos de tirar a Tesla da bolsa, as ações da empresa vêm passando por uma verdadeira montanha russa: inicialmente, tiveram alta de 10,99%, mas depois apresentaram queda de até 7%.

Nesta quinta-feira (30), o editor-chefe do InfoMoney, Thiago Salomão, entrevistou Marcelo Lopez, fundador da L2 Capital e blogueiro do InfoMoney, pra falar sobre a situação da companhia e o que pode acontecer com a mesma no futuro. A entrevista está disponível por completo no player acima.

Mas, antes disso, entenda pelo que a Tesla passou no último mês.

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No post, publicado quando o pregão ainda estava aberto, Musk afirmava que estava “pensando em fechar o capital da Tesla” quando as ações batessem US$ 420. Ele ainda disse que o financiamento para o fechamento de capital estava “garantido”.

Não só a declaração mexeu com as ações da empresa, mas também levou a SEC (Securities and Exchange Comission) dos EUA, que tem atuação semelhante à CVM (Comissão de Valores Imobiliários), a abrir uma investigação formal contra a empresa e Musk para entender a origem do financiamento, levando em conta que a Tesla está “no vermelho” desde o início do ano.

A suspeita do órgão é de que Musk pode ter manipulado o mercado com a declaração, com o objetivo de fazer o preço das ações subirem. Ele também pode ser acusado de fraude, a depender do andamento da investigação.

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No dia 13, ele chegou a emitir um comunicado “justificando” seu tuíte e a garantia do financiamento para tirar a empresa da Bolsa.

Segundo o executivo, a empresa teve conversas com o fundo soberano da Arábia Saudita “há dois anos” sobre a saída da Tesla da Bolsa e ainda hoje os sauditas se mostram interessados em fechar o capital da empresa. “Deixei a reunião de 31 de julho sem dúvidas de que poderia alcançar um acordo com o fundo soberano saudita e que era apenas uma questão de começar o processo. Por isso me referi ao financiamento ‘garantido’ no anúncio de 7 de agosto”, escreveu.

A investigação da SEC também foi motivada pelo comunicado informal e quase ilegal do executivo, questionando o fato de o anúncio não ter sido feito em um de forma oficial ao mercado e investidores, após o fechamento da bolsa.

Rumores mais recentes, publicados pelo WSJ, afirmam que um dos investidores interessados em fechar o capital da Tesla era a Volkswagen, mas que Musk acabou vetando o negócio por preocupação de que a alemã teria muita influência sobre a Tesla.

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