A resposta da Nike para a polêmica do “fora Dilma” na camiseta da seleção

Na última quinta-feira, um vídeo mostrando que era possível escrever "fora Aécio" mas não "fora Dilma" viralizou nas redes sociais; hoje, os dois nomes estão vetados

Thiago Salomão

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SÃO PAULO – Na última quinta-feira (10), uma curiosidade no mínimo polêmica relacionou a venda das camisetas da seleção brasileira no site da Nike com os dois principais partidos políticos do País – e o nome de seus respectivos candidatos à presidência.

Quem tentasse comprar a camiseta da seleção no site da Nike não conseguiria personalizá-la com as palavras “Dilma” ou “PT” (veja ao final da matéria o vídeo mostrando o “veto” a estas palavras). Na mesma quinta-feira por volta das 12h (horário de Brasília), o InfoMoney acessou o site da Nike e percebeu que os nomes “Aécio” e PSDB” também não poderiam mais ser utilizados, diferente do que estava no vídeo abaixo (clique aqui para conferir direto do site da Nike).

Depois de um dia e de uma chuva de comentários fervorosos em redes sociais – muitos atribuíram o veto às palavras “Dilma” e “PT” ao fato da patrocinadora da seleção não querer se dispor com o governo -, a Nike emitiu um posicionamento oficial, explicando que não permite o uso de palavras que possam conter cunho político e, por isso, os termos foram vetados na personalização das camisetas.

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“O sistema do website nike.com, como descrito na própria página, não permite customizações com palavras que possam conter qualquer cunho religioso, político, racista ou mesmo palavrões. Este sistema é atualizado periodicamente visando cobrir o maior número de palavras possíveis que se encaixem nesta regra”, explicou a Nike nesta sexta-feira (11) via comunicado enviado pela assessoria de imprensa. Ela reforça ainda que “não é filiada a nenhum partido político, não só no Brasil como no mundo todo”.

Procurado pelo InfoMoney, a assessoria de imprensa da empresa não soube explicar exatamente o que desencadeou estas proibições, nem se alguma camiseta com os dizeres “fora Dilma” ou “fora PT” chegou a ser vendida – o que provavelmente poderia ter desencadeado a proibição.

A eliminação catastrófica da seleção canarinho na Copa gerou diversas formas de reações por parte dos torcedores brasileiros. Muitos deles aproveitaram a depressão pós-goleada de 7 a 1 para a Alemanha para criticar o atual governo e lembrar dos problemas que persistem no País, mas que ficaram em segundo plano enquanto o torneio futebolístico agitava os estádios brasileiros. Dessa forma, personalizar camisetas da seleção brasileira com dizeres de cunho político pode ter sido uma das formas dos torcedores extravasarem a tristeza com a eliminação e o descontentamento com o governo atual.

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Só a Nike proibiu
Vale mencionar: como o veto deve-se a uma política adotada pela Nike, ela se restringe apenas ao site da fabricante de materiais esportivos. Nos sites de outras “e-commerces” que estão vendendo camiseta da seleção brasileira é possível colocar tais dizeres políticos.

Assista ao vídeo mostra que a polêmica do “Fora Dilma” (desde ontem, o site não permite os dizeres com as palavras Dilma, Aécio, PT e PSDB):

Thiago Salomão

Idealizador e apresentador do canal Stock Pickers