Gol pode estender redução de oferta para 2014, diz presidente

Companhia aérea reduzirá sua capacidade doméstica entre 8% e 10% no primeiro semestre de 2013

Reuters

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SÃO PAULO – A Gol (GOLL4) não descarta estender para 2014 a estratégia de redução da capacidade doméstica, afirmou o presidente da companhia aérea, Paulo Kakinoff, em teleconferência com jornalistas nesta terça-feira (26).

“É difícil dizer que a redução da oferta será necessária somente ao longo de 2013. Hoje, numa ótica particular, acredito que teremos a necessidade de estender essa gestão da oferta ao longo do próximo ano”, afirmou.

A Gol informou na divulgação de resultados de quarto trimestre que reduzirá a capacidade doméstica entre 8 e 10 por cento no primeiro semestre de 2013 e em cerca de 7 por cento no ano fechado, ante os níveis de 2012. O objetivo é elevar a receita por passageiro (rask) em pelo menos 10 por cento e retomar as margens operacionais.

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Em novembro do ano passado, a empresa tinha estimado uma redução entre 5 e 8 por cento na oferta, no primeiro semestre de 2013. Segundo Kakinoff, o aumento na estimativa já era programado e reflete também o preço dos combustíveis, que tiveram novo recordo no início deste ano.

“Quando anunciamos a redução da oferta (no fim de 2012) e demos ‘guidance’ do primeiro semestre, também consideramos que a empresa teria flexibilidade para aumentar o corte (…) É reflexo sim do preço do combustível, mas é uma reação programada”, disse.

Webjet
No quarto trimestre de 2012, a Gol registrou custos adicionais de 197 milhões de reais referentes ao fim das operações da Webjet, anunciado em novembro, mas segundo o diretor financeiro e de relações com investidores, Edmar Lopes, a empresa não irá fazer provisões para possíveis multas pelas demissões.

“Não haverá nenhuma provisão (de multas). Há provisão de salário pura e simplesmente”, afirmou, na teleconferência.

A Gol enfrenta problemas na Justiça devido à demissão de 850 funcionários da WebJet. Em meados de março, a empresa foi condenada a pagar multas pela Justiça do Trabalho em Brasília e do Rio de Janeiro, no valor de 1 milhão de reais cada, mas poderá recorrer da decisão.