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(Bloomberg) — O FC Barcelona pagará € 94 milhões (US$ 104 milhões) por ano de juros de uma dívida relacionada à reforma de seu icônico estádio Spotify Camp Nou, disseram executivos do clube nesta quinta-feira (27).
O clube de futebol catalão levantou € 1,45 bilhão em dívidas para financiar seu projeto “Espai Barça”, que inclui a reforma do estádio de futebol, mas também uma nova arena Palau Blaugrana para a prática de outros esportes como basquete e handebol e outros espaços como um hotel e um novo museu e loja.
O pagamento da dívida começará em 2026, quando as obras terminarem, disse o diretor financeiro do clube, Manel del Rio. A maior parte das obras do Camp Nou terá início em junho deste ano, e a equipe deverá jogar no Estádio Olímpico da cidade até novembro de 2024, a tempo de comemorar os 125 anos do clube na nova casa reformada.
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Isso significa menor receita com ingressos enquanto as obras estão em andamento, já que o Estádio Olímpico de Barcelona tem cerca de 40% menos capacidade do que o Camp Nou.
Dos € 1,45 bilhão arrecadados, € 375 milhões vieram de um empréstimo bancário e o restante de contribuições privadas vendidas a 20 investidores internacionais, informou o clube. O Barça emitiu oito títulos de dívida, mas pode emitir outro por até € 50 milhões, disse Maribel Melendez, diretora corporativa do clube.
Os bancos que forneceram o empréstimo são o Goldman Sachs Group Inc. — que também estruturou o negócio — JPMorgan Chase & Co. e Mitsubishi UFJ Financial Group Inc., conforme a Bloomberg já havia publicado neste mês.
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O clube negociou condições mais flexíveis que lhe permitirão refinanciar parte da dívida quando os mercados melhorarem. Ele também obteve uma classificação BBB da KBRA e o selo de títulos verdes da Morningstar Sustainalytics, o que permitiu que ele alcançasse uma gama mais ampla de investidores, disse Melendez.
O Barça, que teve uma receita de € 100 milhões na temporada 2021-22, espera gerar € 247 milhões adicionais com as novas instalações, sem incluir ingressos para a temporada. Ele usou a receita da última temporada como base para os termos do empréstimo, então os primeiros € 100 milhões em receita irão para o clube e o restante irá para um fundo de securitização que pagará construtores e fornecedores, bem como credores financeiros. O valor restante voltará para o Barça.
A estrutura do fundo de securitização prevê que, se os credores financeiros não receberem o que lhes é devido, eles só poderão buscar os valores do fundo, não os ativos do clube, disse o CFO del Rio.
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“Os números são muito conservadores e os convênios muito generosos”, disse Eduard Romeu, vice-presidente da área econômica do clube. “Pagaremos juros médios de 5,53%, o que é bom no contexto atual, mas longe do que gostaríamos, por isso queríamos ter mais flexibilidade.”
