Eternit consegue liminar que suspende custeamento de despesas médicas de trabalhadores

TRT da 2ª Região de São Paulo acolheu o pedido para deferir a liminar e suspender os efeitos da decisão anterior ao dia 12 de novembro

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A Justiça acolheu o pedido da Eternit (ETER3) e suspendeu os efeitos da decisão da 9ª Vara do Trabalho de São Paulo relativa a ação civil pública que pede, entre outros, que a empresa seja condenada a pagar R$ 1 bilhão por danos morais coletivos.

Conforme comunicado da empresa enviado ao mercado na manhã desta quinta-feira (11), o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª Região de São Paulo acolheu o pedido para deferir a liminar e suspender os efeitos da decisão anterior ao dia 12 de novembro.

No final de agosto, a Eternit divulgou comunicado informando que o MPT (Ministério Público do Trabalho) ajuizou ação civil pública contra a companhia e que foi deferida em parte tutela antecipada para obrigar a Eternit a custear plano de saúde a ex-empregados da fábrica de Osasco, dentre uma lista de 297 ex-empregados indicados pelo MPT, observadas algumas condições. Assim, neste momento, os efeitos da decisão são suspensos. 

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O MPT alega que a companhia é responsável por contaminar centenas de empregados da sua unidade em Osasco, São Paulo, que ficaram expostos ao amianto e não dar assistência médica. A fábrica de amianto operou durante 50 anos e foi fechada em 1993. Vale ressaltar que, no final de agosto, as ações da companhia registraram fortes quedas em meio a essa condenação. 

 
 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.