Erros, tecnologia e gestão exponencial: conheça a fórmula do sucesso da XP Inc.

Com isolamento, marca investe mais em tecnologia, fator que, ao lado do espírito empreendedor da equipe, impulsiona gestão exponencial, diz Izabella Mattar.

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Izabella Mattar, CEO da XPEED (Divulgação)

Criada com apenas R$ 10 mil em uma sala de 25 m² em Porto Alegre por um jovem desempregado de 24 anos, em duas décadas a XP se converteu à maior corretora independente do país, com ações negociadas a US$ 39 na Nasdaq e valor de mercado de US$ 21,8 bilhões (R$ 122 bilhões de reais).

Uma história de sucesso disruptiva, que passa por valorizar erros, contratar as pessoas certas e investir pesado em tecnologia. No dia 12 de maio, Thiago Maffra, o atual CTO (Chief Transformation Officer, responsável pela transformação digital), assume o posto de CEO da XP Inc. no lugar do sócio-fundador, Guilherme Benchimol, que passa a presidente-executivo do Conselho de Administração.

Esse trajeto será contado em quatro episódios online e gratuitos. Eles compõem a série Jornada Rumo ao Topo, que apresenta conceitos de gestão exponencial com apresentação do próprio Benchimol.

“A XP começou pequena e cresceu rápido devido à gestão exponencial, uma gestão que visa à expansão vertiginosa. Conseguimos manter uma estrutura de custo baixo, afiliamos empreendedores para ganhar no sucesso e depois, num segundo momento, passamos a investir mais em tecnologia”, diz Izabella, que reforça a importância da tecnologia no mundo pós pandemia.

“A pandemia mudou nossa forma de fazer negócios porque alterou o comportamento dos nossos clientes. Ela acelerou a transformação digital do consumidor. Tivemos de avançar em e-commerce, marketing digital, no entendimento das ferramentas de comunicação online.”

Em meio à pandemia, a XP também passou por uma mudança estrutural: a empresa se desfez de parte de seus escritórios e hoje permite que todos os colaboradores trabalhem de casa. Além de reduzir custos, a medida possibilita que a marca recrute talentos em outras regiões e fora do país.

Gestão exponencial

O empresário mineiro Rodrigo Torres, 45, empreende desde que aos 17, emancipado dos pais, adquiriu e tocou uma lanchonete em Belo Horizonte. Hoje no agronegócio sustentável, ele aproveita a pandemia para estudar e traçar planos para a expansão de sua criação de suínos e de gado de leite, entre outras atividades num sistema de economia circular, que gere ao lado da esposa e sócia, Andréa Zerbeto.

A gestão exponencial, receita do êxito da XP, é a que pretende seguir para enfrentar as dificuldades trazidas pelo coronavírus para o mercado de proteína animal, e seguir crescendo. O planejamento, diz em linha com Izabella, passa por marketing e branding.

“A pandemia trouxe insegurança e mostrou que eu preciso fazer crescer meu negócio. Preciso de capital de giro, investidores e solidez”, afirma Rodrigo. “A gestão exponencial traz esse pensamento ágil, de squads [visão de execução por jornadas], e maiores possibilidades para o negócio, ajuda a torná-lo flexível e preparado para momentos de crise, que vão se tornar mais frequentes com ou sem pandemia, em um mundo a cada dia mais volátil e disruptivo.”

Se adaptar com rapidez, mudando o mindset, é pré-requisito para esse cenário de alta volatilidade, e também para uma empresa que deseja se expandir de modo exponencial.

Trabalhar a cultura da organização é o caminho para a base sólida do futuro. “É importante criar uma proposta de valor e alinhar propósito e cultura”, diz Rodrigo, que também é aluno do MBA de Gestão Exponencial da XPeed.

Pilares do sucesso

A cultura, já disse Guilherme Benchimol, é o óleo que azeita cada roldana e faz tudo girar. Na cultura disruptiva da XP, o erro é visto de forma positiva. “Se você não está errando, não está aprendendo. Este é o nosso lema interno”, afirmou Benchimol em encontro com Jorge Paulo Lemann.

“É importante errar, desde que você tenha o conceito de que é bom errar pequeno, aprender e não voltar a cometer o mesmo erro. Dentro deste conceito, foram infinitos erros.”

A capacidade de aprender com os erros, e portanto de mudar, é a mesma que permite uma ágil reconfiguração no mindset, quando preciso.

Outro fator que torna uma empresa mais flexível é o que se poderia chamar de controle descontrolado: reduzir a verticalização da empresa, dando maior liberdade e responsabilidade a cada um.

Estar disposto a dividir, comentou Benchimol em uma Masterclass em 2020, é o que produz a força conjunta para impulsionar a companhia adiante. Ao lado deste, o empresário listou outros pilares, como apostar em um negócio que fique em pé financeiramente e que enderece uma dor do cliente.

“Entender as dores do cliente e passar a pensar dessa forma foi algo novo para mim. Enxergar o negócio do ponto de vista do cliente, da necessidade e da dor que ele tem, foi uma mudança crucial na minha forma de encarar a gestão e o crescimento”, diz o empresário Rodrigo Torres, que pretende expandir seu negócio, de Minas, para todo o país.

Rodrigo destaca ainda, como pilares da exponencialidade, o módulo de vendas e a busca por investidores. Um panorama completo da gestão exponencial será apresentado na série Jornada Rumo ao TopoClique aqui para fazer sua inscrição gratuita e assistir aos episódios.

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