Entrada da Nyse no Brasil ainda gera incertezas para BM&FBovespa

Segundo executivo da companhia, ainda é cedo para avaliar se haverá impactos uma concorrência no País

Paula Barra

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SÃO PAULO – A chegada da Nyse Euronext no Brasil ainda gera incertezas para a BM&FBovespa (BVMF3). A empresa líder global em operações financeiras, sendo responsável pelas bolsas de Nova York e Paris, entre outras – e a brasileira ATG fecharam, no início da semana, um acordo para criar uma plataforma de negociações de ativos em bolsa no País. 

O diretor executivo financeiro, corporativo e de relações com investidores, da BM&FBovespa, argumenta que ainda é cedo para avaliar se haverá impacto. “Ainda não tivemos contato com eles, e a nossa leitura é a partir da leitura da imprensa. Não sabemos se estão falando de um sistema de balcão para negociações ou se é, de fato, uma nova bolsa”, disse.

E ainda complementou, “o que afirmamos é que continuaremos trabalhando no processo de integração de clearing e durante esse processo não temos condição de discutir acesso a outros plataformas de negociação para nossa clearing”. 

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A aposta da companhia agora é a integração das clearings, que teve lançamento oficial do projeto na última segunda-feira (5). “Primeiramente, estamos desenvolvendo a quinta clearing para depois integrar as outras quatro. No final, teremos uma única clearing integrando todos os mercados e esperamos finalizar todo o processo no quarto trimestre do ano de 2014, quando teríamos todos os produtos de derivativos e equities integrados”, acrescentou.

“Temos convicção que a integração das clearings vai trazer um benefício enorme para o mercado e estamos trabalhando para um ambiente de competição no futuro, se existir”, comenta.

Ele reforça, contudo, que hoje não existe empecilho regulatório para estabelecer uma bolsa no País, e se “não temos uma bolsa verticalmente integrada, investindo conosco, não é por questões regulatórios, mas sim econômicas”.