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Até o final de 2023, a fabricante de doces gaúcha Docile realizará investimentos em produção, expansão e marketing de mais de R$ 110 milhões. O valor é o maior já investido nos mais de 30 anos de vida da companhia que, após faturar R$ 554 milhões no ano passado, mira no primeiro bilhão até 2025.
Com fábrica em Lajeado, no Rio Grande do Sul, e Vitoria de Santo Antão, em Pernambuco, a empresa segue uma tradição familiar de mais de 80 anos de trabalhar com doces.
A história da empresa está interligada com a história da família Heineck, natural da região Sul. A tradição começou na década de 1930, com seu Natalício Heineck que fabricava balas em um tacho, dentro de uma garagem, e as vendia na vizinhança. Seus filhos nasceram e cresceram nesse ambiente – e o mesmo aconteceu com os netos.
A família vivia “em torno” do negócio. “A gente morava a 50 metros dessa fábrica artesanal”, lembra Ricardo Heineck, um dos netos de Natalício e filho mais velho de Nestor, que também trabalhou com doces a vida inteira.
Fernando Heineck, irmão do meio, completa informando que, depois da escola, era comum que os irmãos reunissem os amigos e os levassem para a fábrica. “Foi uma infância muito doce”, finaliza Alexandre, o caçula dos filhos de Nestor.
Os três são os convidados do episódio 157 do podcast Do Zero ao Topo e costumam completar as frases uns dos outros ao longo da entrevista.
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História de família
A família Heineck tem quase 90 anos no ramo de guloseimas, mas a Docile tem uma história mais recente. A empresa foi fundada em 1991 pelo trio de irmãos (Ricardo, Fernando e Alexandre) e atuava, à princípio, como uma distribuidora de doces.
Em 1998, quando surgiu a oportunidade de comprar máquinas para produção, migrou para a indústria. “Nessa época também mudamos de um prédio de 300 m² para um prédio de 3.000 m². E pensamos: e se esse negócio não der certo? Bom, se não der certo, a gente monta um bailão aqui”, brincou Fernando.
Nos seus primeiros anos, a empresa exigiu criatividade. Os irmãos chegaram a usar, por exemplo, uma betoneira adaptada para misturar os ingredientes do refresco em pó. Também foram buscar ajudar na indústria farmacêutica para consertar uma máquina de pastilhas usada e quebrada que adquiriram. “Não havia muitas fabricantes de pastilhas no Brasil e o processo de produção de comprimidos é razoavelmente parecido”, diz Fernando.
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Foi só a partir de 2008 e 2009 que a empresa começou a ter capacidade de investimento maior e expandiu sua área de atuação. “Conseguimos comprar equipamentos mais modernos, aumentar a produção e a nossa presença no país”, diz Ricardo.
Nos últimos anos, o crescimento foi ainda mais acelerado. Em 2021, a empresa cresceu 30% e, em 2022, mais 45%. “Para este ano, a meta é crescer mais 30% e chegar ao faturamento de R$ 1 bilhão até 2025”, afirma Ricardo.
Para alcançar esse plano, o trio desenvolve uma série de estratégias. Uma delas é traçar um plano de sucessão e contar com o apoio de especialistas para a gestão. Até hoje, contudo, a empresa não possui um presidente. “Funcionamos como uma espécie de triunvirato. Não temos um executivo que está acima de ninguém e funcionou para a gente até agora”, diz Alexandre.
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A história dos irmãos Alexandre, Ricardo e Fernando Heineck e da Docile, a empresa que eles fundaram e lideram, juntos, é o tema do episódio desta quarta-feira (10) do podcast Do Zero ao Topo.
O programa está disponível em vídeo no YouTube ou em áudio nas principais plataformas de streaming como ApplePodcasts, Spotify, Deezer, Spreaker, Google Podcast, Castbox e Amazon Music.
Sobre o Do Zero ao Topo
O podcast Do Zero ao Topo entra no seu quinto ano de vida e traz, a cada episódio, um empreendedor(a) ou empresário(a) de destaque no mercado brasileiro para contar a sua história, compartilhando os maiores desafios enfrentados ao longo do caminho e as principais estratégias usadas na construção do negócio.
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O programa já recebeu nomes como o empresário Abílio Diniz; Rodrigo Galindo, chairman da Cogna; Paulo Nassar, fundador e CEO da Cobasi; Mariane Morelli, cofundadora do Grupo Supley; Fernando Simões, do Grupo Simpar; Stelleo Tolda, um dos fundadores do Mercado Livre; Luiz Dumoncel, CEO e fundador da 3tentos; José Galló, executivo responsável pela ascensão da Renner; Guilherme Benchimol, fundador da XP Investimentos; e contou dezenas de histórias de sucesso.