Demitidos do Twitter são obrigados a desistir de ação coletiva 

Juiz de São Francisco decidiu que ex-funcionários deverão procurar arbitragem privada e individual para prosseguir com reivindicações

Reuters

Elon Musk demitiu mais de 3,5 mil funcionários desde que comprou o Twitter (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)

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O Twitter obteve uma vitória na Justiça contra ações coletivas de funcionários demitidos. O juiz distrital James Donato decidiu na sexta-feira (13) que cinco ex-funcionários da rede social deveriam procurar uma arbitragem privada e individual para prosseguir com suas reivindicações trabalhistas.

Porém, o juiz de São Francisco não cravou que toda ação coletiva será rejeita e que as decisões serão tomadas conforme os desdobramentos do caso. O Twitter não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters. 

No ano passado, Donato havia determinado que o Twitter deveria notificar os milhares de trabalhadores que foram demitidos após sua aquisição por Elon Musk, após uma proposta de ação coletiva acusando a empresa de não dar aviso prévio adequado antes de rescindi-los.

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O juiz disse que, antes de pedir aos trabalhadores que assinem acordos de rescisão renunciando à capacidade de processar a empresa, o Twitter deve fornecer a eles “uma notificação sucinta e claramente redigida”. 

O Twitter demitiu cerca de 3.700 funcionários no início de novembro em uma medida de corte de custos de Musk, e outras centenas se demitiram posteriormente. 

Em dezembro do ano passado, o Twitter também foi acusado por dezenas de ex-funcionários de várias violações legais decorrentes da aquisição da empresa por Musk, incluindo demitir mulheres e não pagar a indenização prometida. 

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O Twitter também enfrenta pelo menos três reclamações apresentadas a um conselho trabalhista dos EUA, alegando que trabalhadores foram demitidos por criticar a empresa, tentar organizar uma greve e outras condutas protegidas pela lei trabalhista federal. 

(Reportagem de Mrinmay Dey em Bengaluru e Nate Raymond em Boston, edição de Angus MacSwan)