Corretora eleva preço-alvo de TIM com estimativa maior para receita de dados

Recomendação permanece em outperform depois de ganhos com o segmento terem excedido projeções de analista

Renato Rostás

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SÃO PAULO – Ao incorporar o resultado do quarto trimestre e as estimativas futuras, principalmente para a receita de dados, o Itaú BBA elevou o preço-alvo para as ações da TIM (TIMP3), de R$ 12 para R$ 13,50. Agora o potencial teórico de valorização, frente ao fechamento de 3 de abril, chega a 12,97%. A recomendação foi reiterada em outperform.

Durante o período entre outubro e dezembro do ano passado, as receitas advindas do segmento de dados subiram 10% acima das projeções da corretora. No ano como um todo, a alta foi de 41%. Se ao fim de 2011 a participação no faturamento total foi de 13%, a previsão é de que essa porcentagem chegue a 20% em 2016.

“Receitas com dados são o catalisador principal de crescimento no mercado sem fio”, explica a analista Susana Salaru, em relatório. Ela aproveita para elogiar a maneira pela qual a expansão foi alcançada: tanto junto a clientes de alta renda como no negócio pré-pago.

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Potencial da TIM Fiber
Apesar da revisão para cima, a aquisição da rede da TIM Fiber não foi incorporada. Segundo o Itaú BBA, o potencial dessa rede, principalmente para impulsionar a banda larga residencial da empresa, é bem grande. A sinergia, no entanto, tem riscos de execução, por conta da alta competitividade.

Sabendo dessas dificuldades, a tele trouxe Cícero Olivieri, que era da GVT, para o cargo de CTO (Chief Technology Officer), executivo responsável pelas áreas de rede fixa e de banda larga. O lançamento do serviço está previsto para o segundo trimestre, e espera aliar qualidade de sinal com bons preços.

Por fim, há a possibilidade de a qualidade intangível do ativo também ser bem forte. Mas como os ganhos com a aquisição ainda devem demorar a aparecer, a analista afirma que é muito cedo para incorporá-lo no modelo de avaliação da corretora.