Como criar uma empresa autogerenciável?

Podcast ROI Hunters convida Marcelo Germano, fundador da EAG.

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O maior desafio dos empreendedores é criar um negócio autossustentável, com funções e procedimentos pré-estabelecidos, de uma forma que todos os setores funcionem e a companhia siga crescendo sem a necessidade da atuação direta do fundador.

Neste episódio do ROI Hunters, Dener Lippert, CEO da V4 Company, e Guilherme Lippert, cofundador e head de Growth da V4 Company, convidam Marcelo Germano, fundador do método Empresa Autogerenciável (EAG), para entender como montar um time e processos para que uma companhia não dependa exclusivamente de seu dono.

Marcelo Germano diz que, geralmente, quando uma pessoa funda uma empresa, ela inicia operando e atuando de forma direta na parte técnica do negócio. “No início do negócio é até essencial, porém a partir da quarta página isso se torna um gargalo e trava o potencial da empresa”, aponta o executivo.

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Germano enfatiza que isso atrapalha, porque além da parte técnica do negócio, no dia-a-dia a empresa precisa desenvolver outros temas como time, ajustar o financeiro, gerar fluxo de caixa, atrair novos clientes e expandir o negócio. “A partir desse momento você começa a equilibrar pratos. E quando você não consegue equilibrar todos os pratos, você só trabalha para apagar incêndios”, completa.

O fundador do método EAG diz que os empreendedores pecam na crença do ‘quer bem feito, faça você mesmo’. “Quando você acredita nessa crença, você automaticamente está falando que você é a única pessoa que pode resolver esses incêndios. E se você é a única pessoa que pode fazer alguma coisa, você virou o gargalo do seu próprio negócio e terá cada vez mais problemas para resolver”. Germano ainda provoca. “Se você está fazendo sua empresa funcionar, quem está fazendo ela crescer?”.

Guilherme Lippert pergunta se há algum momento em que o dono da empresa pode interferir ou se ele precisa se atentar para não fazer isso. Germano diz que há diferentes tipos de problemas, como os normais e patológicos, além das fases da companhia. “É comum uma empresa nova ter um problema pontual, como na parte financeira, por exemplo, e que no início o dono queira interferir. Mas vejo empresas que faturam R$80 milhões por ano, com 200 ou 300 funcionários, e que tem donos centralizadores. Isso já é patológico”, enfatiza Germano.

Sobre a função do gestor e área de especialidade, Germano diz que um dos papéis dele é ser um mentor e repassar seu conhecimento para a equipe, mas quando está em um segmento fora do seu domínio ou com dúvida de como solucionar um problema, existem ferramentas e métodos. “As empresas mais abertas são as que mais crescem, pois fazem o que chamamos de benchmarking. Não precisamos inventar moda nos momentos de dúvida, porque existem pessoas que já passaram por esse problema e conseguiram resolvê-lo”.

Germano ainda afirma que a função do benchmarking, além de entender o processo, é ter uma troca entre quem está aprendendo e quem está compartilhando. “É importante que, posteriormente ao planejamento e implementação, após os primeiros bons resultados, você compartilhe os avanços com quem abriu as portas para o seu negócio. Essa parte, muitas vezes, fica neglegênciada”, finaliza.

Entenda neste episódio como delegar funções, construir um time engajado e estruturar uma empresa saudável para atrair investidores. Ouça os demais episódios na íntegra nos players de sua preferência clicando aqui: O podcast oficial de marketing digital e growth do InfoMoney.

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