Como Ashton Kutcher, que já investiu em Airbnb, Uber e Spotify, escolhe suas startups

Em evento Kutcher falou sobre as perguntas que faz aos fundadores das empresas antes de investir nelas

Letícia Toledo

ASHTON KUTCHER: ator de Holywood possui duas gestoras que já investiram em mais de 200 empresas (Divulgação)

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SAN JOSÉ, CALIFÓRNIA* – Na última década o americano Ashton Kutcher passou de um ator de Holywood a um investidor de startups que possui em seu portfólio algumas das empresas mais conhecidas do mundo.

A lista inclui nomes como o aplicativo de conversas Skype, a empresa de hospedagens Airbnb, a plataforma de streaming Spotify, o aplicativo de transportes Uber e até a startup de cartões corporativos Brex, fundada por dois brasileiros no Vale do Silício.

“Eu comecei investindo em startups que poderiam solucionar os problemas que eu encontrava na minha empresa de mídia e depois passei a investir em companhias que resolvem problemas que as pessoas enfrentam no dia a dia”, afirmou Kutcher durante o QuickBooks Connect 2019, evento promovido pela companhia de soluções empresariais Intuit, em San Jose, na Califórnia.

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Kutcher fundou, com alguns amigos, duas gestoras: a A-Grade Investment, criada em 2010 e especializada em empresas de tecnologia, e a Sound Ventures, que teve início em 2015 e foca em startups em estágio inicial. Juntas, elas possuem um portfólio de mais de 200 companhias.

Diante de uma plateia de cerca de 5.000 pessoas em um dos painéis do QuickBooks Connect, Kutcher revelou qual a pergunta fundamental na hora de escolher uma startup. “A primeira pergunta que faço aos fundadores é: ‘por que você é melhor do que qualquer outra pessoa no mundo em desenvolver essa solução?”, diz.

“Para se sair bem, os fundadores precisam me dizer qual a tese por trás dos negócio que torna a empresa realmente única, que impede que outras startups similares prosperem e que companhias maiores entrem e dominem esse mercado”, afirma Kutcher.

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O investidor também procura investir em startups que possuem fundadores com uma visão clara sobre o futuro da empresa e com habilidades de liderança e comunicação. “No fim, a pergunta que eu me faço é: ‘eu sairia do meu trabalhou hoje e iria trabalhar para essa empresa?’ Porque é isso o que eu realmente faço. Eu e minha equipe trabalhamos em conjunto com os fundadores quando investimos em uma empresa. Investimos muito tempo e esforço. Então, é preciso ter uma visão alinhada”, afirma.

*A repórter viajou a San Jose a convite da Intuit – QuickBooks

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Letícia Toledo

Repórter especial do InfoMoney, cobre grandes empresas de capital aberto e fechado. É apresentadora e roteirista do podcast Do Zero ao Topo.