Com pandemia, taxa de vacância em shopping centers dobra e faturamento cai 33,2% em 2020

De acordo com a Abrasce, as visitas mensais nos estabelecimentos recuaram 32%, para 341 milhões de pessoas, no ano passado

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Diante das restrições de funcionamento de shopping centers em meio às medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia, a taxa de vacância no setor praticamente dobrou no último ano, de 4,7%, em 2019, para 9,3%, em dezembro de 2020. Os dados são da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

No ano passado, de acordo com a associação, as visitas mensais nos estabelecimentos recuaram 32%, de 502 milhões de pessoas, em 2019, para 341 milhões – patamar próximo ao de 2010, quando a média mensal foi de 329 milhões de pessoas.

Segundo a Abrasce, o setor faturou R$ 128,8 bilhões no ano passado, queda de 33,2% em relação a 2019 (R$ 192,8 bilhões).

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O fechamento temporário dos estabelecimentos também levou a uma queda de 9,4% no número de vagas de emprego, para 998 mil.

“As restrições relacionadas ao horário de funcionamento dos empreendimentos provocaram redução de turnos de trabalho, com impacto no quadro de funcionários dos shoppings e dos lojistas”, escreveu Glauco Humai, presidente da Abrasce, em nota à imprensa.

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Com os clientes em casa, comprando cada vez mais pela internet, os shoppings viram um aumento no número de vendas pelos canais digitais dos empreendimentos, que subiu de 11%, em 2019, para 29%, ao fim de 2020.

Diante disso, 59% dos shoppings preveem implementar uma plataforma de marketplace nos próximos dois anos, diz a Abrasce.

Após os fortes impactos da pandemia e com uma base deprimida de comparação, a Abrasce prevê um crescimento de 9,5% nas vendas no setor em 2021.

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“Esperamos que a atividade ganhe maior tração ao longo do ano, acompanhando a dissipação gradual das incertezas com a crise sanitária, quadro inflacionário menos pressionado e expansão do crédito e do emprego”, ressaltou Humai, em nota.

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