CEO do ChatGPT investiu quase R$ 1 bilhão em startup que pretende retardar a morte

Realizado no ano passado, aporte financeiro serviu como pontapé para que startup começasse a pesquisar como retardar a morte humana

Wesley Santana

Aos 37 anos, Sam Altman está à frente da OpenAI, empresa responsável pelo fenômeno ChatGPT. Foto: Reprodução/Google

Publicidade

O portfólio do atual CEO da OpenAI, empresa responsável pelo ChatGPT, é bastante diverso, e ganhou mais um novo produto. Nesta semana, veio a público a informação de que Sam Altman havia investido US$ 180 milhões (cerca de R$ 930 mi) na Retro Biosciences, uma startup que tem o projeto de retardar a morte humana em até 10 anos.

O aporte financeiro foi fechado no ano passado, mas revelado só nesta semana através de uma reportagem do MIT (Massachusetts Institute Technology). Altman teria zerado a sua conta para se posicionar como acionista da healthtech e de outra startup do ramo de energia, a Helion Energy.

“É muito. Basicamente, peguei todo o meu patrimônio líquido e o coloquei nessas duas empresas”, disse Sam, em uma entrevista anterior, quando ainda não havia revelado as beneficiadas. O investimento do executivo se tornou o mais alto já destinado a uma ideia sobre longevidade humana.

Continua depois da publicidade

Leia mais: OpenAI: como funciona a empresa criada por Musk e que lançou o ChatGPT

A Retro Biosciences é uma startup norte-americana fundada em 2021 por Joe Betts-LaCroix, um conhecido cientista das áreas de biomedicina e biofarmácia. Em seu manifesto, a empresa diz que está focada em pesquisar sobre reprogramação celular, terapêutica inspirada no plasma e autofagia, sendo este último o ramo da ciência que estuda a degradação das células humanas.

Já o aporte na Helion foi ainda maior, de US$ 375 milhões (ou R$ 1,9 bi), em 2021. A energytech tem a proposta de gerar energia elétrica a partir da fusão nuclear, proporcionando energia de carbono zero. O projeto é começar a produzir este tipo de eletricidade já em 2024 como teste.

Continua depois da publicidade

Realmente é possível postergar o envelhecimento e a morte?

Retardar o envelhecimento -e a morte, por consequência- é um tema alvo de estudos em diversos laboratórios pelo mundo há muitos anos. Ainda não se tem respostas prontas sobre o assunto, mas os pesquisadores esmiuçam desde as células até o sistema imunológico para encontrar os caminhos.

O resultado mais recente nesta área foi divulgado no começo deste ano, na revista científica Cell. Um grupo de cientistas teria conseguido reverter sinais de envelhecimento em ratos, por meio da manipulação do epigenoma.

Durante o experimento, os animais mamíferos -tal qual os seres humanos- foram submetidos a um processo que danificou o genoma para depois reverter os danos.